MP mira rede de bingos de Rogério de Andrade e Ronnie Lessa; delegado é preso

Rogério de Andrade e Ronnie Lessa — Foto: Reprodução

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciou nesta terça-feira (10) a Operação Calígula, contra uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes — e acobertada por policiais civis.

Até a última atualização desta reportagem, cinco pessoas haviam sido presas. Um deles é o delegado Marcos Cipriano. Outra investigada é a delegada Adriana Belém. Na casa dela, a força-tarefa apreendeu R$ 1,2 milhão em espécie.

Agentes saíram para cumprir, no total, 29 mandados de prisão e 119 mandados de busca e apreensão. Foram denunciadas 30 pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, Rogério e Ronnie abriram casas de apostas e bingos em diversos estados pelo menos desde 2018.

Relação antiga

“A parceria entre Rogério e Ronnie para a prática de ações criminosas é apontada nas denúncias como antiga”, afirma o MPRJ. “Há elementos de prova de sua existência ao menos desde 2009, quando Ronnie, indicado como um dos seguranças de Rogério, perdeu uma perna em atentado a bomba”, descrevem os promotores.

“Em 2018, ano da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, os dois denunciados se reaproximaram e abriram uma casa de apostas no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, havendo elementos indicando a previsão de inauguração de outras casas na Zona Oeste.”

Segundo narram as denúncias oferecidas pelo MPRJ, Rogério e o filho, Gustavo, comandam uma estrutura criminosa organizada, voltada à exploração de jogos de azar não apenas no Rio de Janeiro, mas em diversos outros estados.

O domínio das localidades se baseia “na habitual e permanente corrupção de agentes públicos” e “no emprego de violência contra concorrentes e desafetos”. O MPRJ afirma que a quadrilha é “suspeita da prática de inúmeros homicídios”.

Fonte: G1


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