A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) confirmou o terceiro caso de raiva humana em Minas Gerais. Todos os pacientes são provenientes da área rural de Bertópolis, no Vale do Mucuri.
O último caso é de um menino de 5 anos de idade, que morreu no dia 17 de abril.
Segundo a SES-MG, ele não tinha sinais de mordedura ou arranhadura por morcego, mas o óbito foi investigado para a raiva devido à proximidade geográfica das ocorrências e aos hábitos da comunidade.
Amostras foram coletadas e enviadas para exame laboratorial, que confirmou a doença. O caso segue em investigação epidemiológica para identificação das circunstâncias do contágio.
Outros casos confirmados
O primeiro caso confirmado de raiva humana é do indígena Zelilton Maxacali, de 12 anos. Ele não resistiu à doença e morreu no dia 4 de abril. Cerca de dez dias antes, o menino tinha sido mordido por um morcego.
O segundo caso foi confirmado no dia 19 de abril. A paciente é uma menina indígena de 12 anos, que permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Belo Horizonte.
Ambos os casos estão relacionados à mordedura pelo mesmo morcego.
Caso suspeito
Um caso suspeito de raiva humana permanece em investigação, também na área rural de Bertópolis.
A paciente é uma menina de 11 anos, que apresentou sintomas como febre e dor de cabeça. Devido ao parentesco com o segundo caso confirmado, ela foi encaminhada para o hospital e passou por exames. A criança segue internada em leito clínico, estável e em observação.
Cuidados
De acordo com a SES-MG, no último domingo (24), foram enviadas mais doses de vacina antirrábica humana para completar o esquema vacinal da comunidade rural de Bertópolis. Até o dia 26 de abril, das 999 pessoas a serem vacinadas, 977 tinham tomado a primeira dose, e 767, a segunda.
A pasta disse também que já forneceu vacina e soro antirrábico humano para a população exposta e vacina antirrábica animal para cães e gatos da região.
O último caso de óbito por raiva humana em Minas Gerais tinha sido registrado em 2012, em Rio Casca, na Zona da Mata.
Segundo a SES-MG, em caso de qualquer incidente com mamíferos silvestres ou domésticos, sobretudo morcegos, cães e gatos, é importante procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação da necessidade de adoção de medidas profiláticas, como administração de vacina e soro.
Fonte: G1