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bebê dormindo Freepik |
A Academia Americana de Pediatria (AAP) atualizou recentemente suas recomendações para o sono seguro de crianças. Trata-se da primeira atualização nessas diretrizes desde 2016. Além disso, o novo documento também traz orientações sobre amamentação e a forma correta de proteger o bebê do frio. As medidas buscam evitar a morte súbita infantil inesperada, que inclui a síndrome da morte súbita infantil (SMSI) e é a principal causa de óbito em bebês com menos de 1 ano.
O importante é que o que pode ser o pior pesadelo dos pais, pode ser prevenido. A principal forma de fazer isso está no modo de colocar o bebê para dormir. As crianças devem dormir no mesmo quarto dos pais até pelo menos os seis meses de idade, entretanto, em camas diferentes. Dividir a cama com o bebê é fortemente contra-indicado pela entidade.
Além disso, o bebê deve ser colocado com a barriga para cima, em um colchão plano e firme, que esteja coberto por um lençol confortável e justo. Brinquedos, cobertores, travesseiros, roupas de cama macias, posicionadores de sono ou protetores de berço, não devem estar no berço com o bebê, pois ele pode ficar presos por esses itens e sufocar.
O local onde o bebê dorme deve ter inclinação menor do que 10 graus. De acordo com a AAP, inclinações maiores são perigosas porque as cabeças dos bebês caem para a frente durante o sono. Essa posição do queixo no peito pode restringir suas vias aéreas, causando asfixia. Carrinhos de bebê ou cadeiras adaptadas em carros não devem ser usadas para o sono rotineiro. Aquele cochilo no sofá da sala também não é aconselhável. Deitar com um bebê em um sofá, poltrona ou almofada e adormecer aumenta o risco de morte infantil em 67%. Se o bebê é prematuro, nascido com baixo peso ou com menos de 4 meses de idade, o risco de morte enquanto dorme em uma cama, sofá ou outro local aumenta de cinco a 10 vezes.
Para proteger a criança do frio, o guia americano recomenda utilizar camadas de roupas, em vez de cobertores, para reduzir o risco de sufocamento. Cobertores vestíveis podem ser usados. Vale ressaltar que é preciso aquecer a criança, mas o excesso de roupas ou cobertores, especialmente em um local quente, também pode aumentar o risco de morte súbita.
Em sua nova orientação, a AAP também alerta contra o uso de dispositivos comerciais, incluindo monitores vestíveis, que afirmam reduzir o risco da síndrome da morte súbita infantil ou outros problemas relacionados ao sono.
Sobre a alimentação nos primeiros anos de vida da criança, o documento reforça a importância do aleitamento materno. Nos primeiros seis meses, a não ser em casos excepcionais, a alimentação deve ser exclusivamente com leite materno. Isso também reduz o risco de mortes infantis relacionadas ao sono.A alimentação com leite humano deve continuar após a introdução alimentar, até pelo menos um ano de idade.
Fonte: O Globo