Exercício só no fim de semana ou todo dia têm mesmo efeito, diz estudo

Patrik Giardino/Getty Images

Uma pesquisa publicada na revista científica Jama Network concluiu que não existe diferença na longevidade de pessoas que praticam exercícios somente aos fins de semana em comparação com aquelas que distribuem as atividades ao longo dos dias. A conclusão do estudo indica que, independente da frequência ou dos horários, o importante é realizar em média 150 minutos de exercícios moderados a intensos semanalmente.

A pesquisa foi realizada por cientistas chineses ao longo de uma década e contou com a participação de cerca de 350 mil voluntários norte-americanos que tinham idade média de 41 anos no início das observações. Os participantes foram divididos em três grupos de acordo com seus hábitos de exercício: se realizavam duas horas e meia em um ou dois dias, três ou mais, ou sequer praticavam esse tempo de atividades físicas ao longo da semana.

Os pesquisadores acompanharam os indivíduos e observaram que os atletas de fim de semana tiveram 8% menos de chance de morte quando comparados às pessoas que não realizavam 150 minutos de exercícios semanais. Embora quem distribuía a rotina de atividades físicas ao longo dos dias tenha tido melhores resultados, os cientistas afirmaram que não houve diferença significativa na mortalidade entre os dois grupos.

Ao final do período de observações, quase 22 mil voluntários haviam falecido, sendo 6.035 de problemas cardiovasculares, e 4.130, de câncer.

O estudo sugere que os minutos ativos acumulados são mais importantes para a saúde do que o período no qual os exercícios são realizados. “O mais importante é praticar atividade física”, comentou a enfermeira cardíaca Joanne Whitmore, da British Heart Foundation, ao jornal inglês Daily Mail. “As atividades podem ser uma caminhada intensa, pedalar ou nadar, e elas podem ser divididas ao longo do dia ou realizadas com picos, para ficarem mais suportáveis”, acrescentou.

A contribuição do estudo é um resultado positivo para pessoas que, por vários motivos, como rotina de trabalho intensa ou cuidado com filhos ou parentes, têm menos tempo disponível para praticarem exercícios físicos ao longo da semana. Os pesquisadores se mostram otimistas e revelam que as conclusões podem servir de estímulo para que esses indivíduos sejam mais ativos.

Fonte: Metrópoles


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