Jovem denuncia irmão por estupro e pai, que pediu foto de calcinha, por assédio

Adolescente denuncia o pai à polícia após ele pedir fotos dela de calcinha em Anápolis, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera


Uma adolescente de 14 anos procurou a Polícia Civil, na quinta-feira (4), para denunciar o próprio pai por assédio sexual após ele pedir fotos dela de calcinha, em Anápolis, a 55km de Goiânia. Ela também relatou que o irmão a estuprou na noite anterior, quando ela foi dormir na casa dele, segundo a corporação.

Os nomes do pai, de 43 anos, e do irmão, de 20, não foram divulgados pela polícia. Por isso, a reportagem não localizou a defesa para se manifestar até a última atualização desta reportagem.

Em depoimento, o pai admitiu que conversou com a filha por aplicativo de mensagem e pediu fotos dela só de calcinha. O irmão alegou que o estupro foi, na verdade, uma relação consensual. Eles não foram presos por falta de provas, segundo a Polícia Civil.

Mensagens
Na conversa com a filha pelo celular, o homem pede fotos dela seminua:

"De calcinha, você tem, pode mandar meu amor", escreveu.

A filha diz que não tem fotos de lingerie. O pai rebate: "Sei, é claro que tem, meu amor". A adolescente responde mais uma vez:

"Não tenho pai. De onde o senhor tirou isso?", pergunta a menina. O pai então responde:

"Nada. Que estou com muito tesão, meu amor. Então você não pode ajudar o pai, ok aí".

Pai pede fotos íntimas para a filha de 14 anos e diz que está com tesão em Anápolis, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Investigação

A delegada Marisleide Santos, que investiga o caso, disse que avalia pedir medida protetiva para a menina e mandado de prisão contra os parentes.

"O pai confirmou, e estava provado o assédio por meio da mensagem. Ele nega qualquer outro tipo de abuso", explicou a delegada.

A polícia informou que a menina mora com a mãe e que no dia do suposto estupro ela foi convidada para dormir na casa do irmão. A menina passou por exames e foi medicada. O Conselho Tutelar de Anápolis disse que vai acompanhar de perto a investigação.

Fonte: G1


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