Justiça nega devolução de carros a Deolane avaliados em R$ 1,6 milhão


Reprodução/Instagram
Deolane Bezerra teve derrota na Justiça e segue sem o direito de reaver seus automóveis de luxo

Deolane Bezerra sofreu a primeira derrota na Justiça ao tentar reaver dois automóveis de luxo que foram apreendidos pela Polícia em 13 de julho após ela se tornar alvo de investigação por ser suspeita de participar ativamente de um esquema de pirâmide promovido pela empresa BETZORD que tem a viúva de MC Kevin (1998-2021) como garota-propaganda. Os dois carros, juntos, são avaliados em mais de R$ 1,6 milhão.

A advogada de Deolane alegou que a autoridade policial que foi à residência da influenciadora digital excedeu em sua atividade e acabou levando os dois automóveis, que não estavam listados entre os itens determinados pela Justiça que deveriam ser recolhidos para a investigação.

A viúva teve recolhido pela polícia um automóvel da marca Land Rover, modelo DISC D300 HSE, avaliado em R$ 648.200,00, e também um Porsche Carrera C, que tem valor estimado de R$ 975.201,00. Juntos, os carros somam R$ 1.623.401,00.

Em sua defesa, Deolane ainda se diz indignada e avisou que a autoridade policial pode ser processada por apropriação de coisa alheia, já que seus automóveis foram adquiridos de maneira lícita, frutos de seus trabalhos como influenciadora digital.

A advogada da viúva de MC Kevin ainda diz que deveriam ser apreendidos somente aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores, porque, em sua interpretação sob a ordem judicial, eram as únicas plataformas que poderiam ter ligação com os eventuais crimes praticados pela empresa BETZORD.

Ao tomar conhecimento do pedido de devolução dos automóveis, o Ministério Público de São Paulo entrou em ação e ainda disse que as investigações estão em curso. E que Deolane é uma das suspeitas de participar dos delitos de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica, crime contra a economia popular e da contravenção penal de jogo de azar.

Como Deolane é uma das principais divulgadoras do "robo de inteligência artificial", que tem o propósito de obter vantagem econômica indevida de quem é atraído pelas ações de marketing feitas pela viúva, acabou apreendendo os automóveis por se tratarem de bens que podem ter sido adquiridos com os valores que ela lucrou com as campanhas que fez para a BETZORD.

A juíza Thais Fortunato Bim, do Tribunal de Justiça de São Paulo, acatou o pedido do Ministério Público e reforçou a tese de que os automóveis podem ter sido adquiridos por meio dos lucros que ela obteve com as ações feitas em parceria com a empresa investigada.

"Indefiro, por ora, os requerimentos formulados, pela restituição dos bens apreendidos ou pela nomeação da requerente como depositária fiel dos bens", disse a juíza em seu despacho.

 


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