O estrago que a rede social pode fazer à saúde mental: entenda o problema do Tom Holland


Astro de Homem-Aranha comunicou aos fãs, na noite de sábado (13), que se afastará das redes 

Tom Holland Reprodução Instagram

O ator Tom Holland, de 26 anos, anunciou que fará uma pausa das redes sociais por algum tempo. No vídeo, compartilhado no Instagram na noite de sábado, o astro de Homem-Aranha disse aos fãs que vai focar em cuidados com a saúde mental. Estudos recentes revelam que os efeitos do consumo de internet podem ser prejudiciais à estabilidade emocional e gerar casos ainda mais extremos.

— Oi pessoal, estou tentando fazer isso há uma hora, e para alguém que passou os últimos 13, 14 anos atuando, não consigo dizer o que preciso dizer sem dificuldades, então, vou tentar novamente. Eu dei uma pausa nas redes sociais para cuidar de minha saúde mental, porque acho o Instagram e o Twitter super estimulantes, esmagadores — disse Tom Holland no vídeo.

— Eu me sinto preso em uma espiral quando leio coisas sobre mim online e, em última análise, isso é muito prejudicial para o meu estado mental. Então decidi recuar e excluir os aplicativos —acrescentou o ator, e na sequência falou sobre instituições de apoio à saúde mental.

Fãs e famosos se manifestaram sobre a publicação do ator, entre eles o cantor Justin Bieber: " Love you man ❤️"

Aumento de casos de depressão entre os jovens

O uso das redes se tornou um dos passatempos mais comum entre adolescentes e adultos ao longo dos últimos anos. Apesar da diminuição da intensidade da pandemia de Covid-19 no país, a redução de casos de depressão e ansiedade não se refletiu entre crianças e adolescentes. É o que revela um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com quase seis mil jovens país afora, quanto a percepção de especialistas que alertam para uma crise de saúde mental nesta faixa etária.

Segundo a pesquisa, entre as razões apontadas por médicos e famílias estão as tensões geradas pelo retorno híbrido e presencial às aulas após até um ano e meio letivo de ensino remoto, as sequelas do longo período forçado de isolamento social, a retenção de casos não tratados nos últimos dois anos e uma imersão ainda maior no mundo digital, com o tribalismo acentuado por redes sociais e jogos online.

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Além disso, dentre os fatores associados ao aumento de ansiedade e depressão estão a sensação de solidão, a rotina de sono inferior a oito horas diárias, a queda de renda familiar e o desenvolvimento de doenças associadas à Covid-19 por pessoas próximas. O universo da pesquisa incluiu jovens com acesso digital, portanto há subnotificação, aumentando a dimensão da crise.

Nos EUA, a multiplicação de casos, detectada desde a segunda metade da década passada, se acentuou durante a pandemia. Há seis meses, a principal autoridade médica do país pediu atenção para “uma devastadora crise de saúde mental entre os jovens”. E diretores de hospitais americanos alertam para a escassez de profissionais e de pesquisa.

Fonte: O Globo


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