Setor popular: Flamengo cogita arena com capacidade para 100 mil pessoas

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Gasometro

O projeto do estádio próprio segue na pauta do Flamengo. Nesta quinta, o vice-jurídico Rodrigo Dunshee voltou a falar sobre o assunto.

Em entrevista ao "Charla Podcast", o dirigente respondeu a perguntas sobre uma arena que possa receber 100 mil pessoas ou mais. Ao justificar esta capacidade, ele vinculou a criação de um setor um popular ao tamanho da instalação.

Segundo Dunshee, estádios menores não permitem a cobrança de ingressos mais baratos. Ele destacou a importância da arrecadação com bilheteria ao dizer que ela ajuda na manutenção de uma equipe fortalecida.


"Os Estados Unidos só estão fazendo estádios para 100 mil, 120 mil pessoas. Com um estádio pequeno você acaba precisando elevar o preço dos ingressos. Não dá para fazer uma área mais popular, que é importante ter. Não tem como cobrar só valor baixo. Não tem como... Querer ter Arrascaeta, Gabigol, todo nosso time, e cobrar (valor baixo). Eu entendo a torcida reclamar. Mas, assim, não dá. Se tiver um estádio de 100 mil, 120 mil pessoas, dá para ter um espaço mais popular. Dá para ter", disse Dunshee.

O Flamengo não tem um projeto de estádio ( especula-se em uma inspiração é o Signal Iduna Park, estádio do Borussia Dortmund ).

Atualmente, o clube negocia com a Caixa Econômica Federal a aquisição do terreno onde funcionava o Gasômetro, no Centro do Rio. Somente após esta etapa é que a diretoria vai se dedicar a elaboração de uma arena.


"Existe uma vontade política de reconhecer que o Flamengo faz jus a esse espaço. O prefeito (Eduardo Paes) já reconheceu que ajudará, o Governo Federal também manifestou interesse. Estamos falando com a Caixa Econômica Federal, que é a dona do terreno, vamos dizer assim. Ela é a gestora de um fundo que é dono do terreno. Tem esse poder", explicou Dunshee.

"O Flamengo está negociando a compra desse terreno por um valor razoável, e isso está caminhando. O presidente Rodolfo Landim está tocando isso pessoalmente com a presidente da Caixa, que é a Daniella (Marques). Sei que está conversando, que terá mais uma reunião. Está caminhando".

A preferência pelo Centro do Rio passa pela capacidade de fazer receitas com o estádio. Como o Flamengo pretende faturar com bilheteria e aluguel de camarotes, o entendimento é de que precisa escolher um local que seja bem aceito pelo público de maior poder aquisitivo. O terreno em Deodoro, inicialmente sugerido pelo prefeito Eduardo Paes, esbarrou justamente nesta questão. Localizado na Avenida Brasil, longe do Centro, não foi recebido com empolgação no clube.


"O presidente Rodolfo Landim falou comigo esses dias que tem que pensar grande. É preciso novas fontes de receita. Naming-rights, camarotes, cadeiras, e outras que não posso falar aqui, podem ser feitas para gerar receitas novas, mas o que o presidente falou é que o Flamengo precisa ter um estádio grande", continuou o vice-jurídico.

Apesar de todos estes planos, o Maracanã também segue na pauta. De acordo com Dunshee, o foco atual é a licitação do estádio, aberta pelo Governo do Estado. A arena própria seria um plano para médio e longo prazo.

"Estádio é uma coisa que demora quatro, cinco anos para ser feito. Agora estamos muito focados na licitação do Maracanã. São duas coisas que vão andar paralelas. Uma coisa não exclui a outra. O Rio de Janeiro tem quatro grandes times. O Vasco tem um estádio pequeno. O Flamengo e o Fluminense não têm estádio, e o Botafogo está usando um estádio municipal, que é olímpico e eles mesmo não acham maravilhoso. Então, tem espaço para o Maracanã e mais um".


Fonte: O Globo


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