Queda de andaime: multada em mais de R$ 7 mil, empresa não tinha engenheiro


A empresa responsável pela reforma do Edifício Residencial Sunset e pelo andaime, que despencou na manhã desta quinta-feira (1º), foi autuada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) por duas infrações que, juntas, somam mais de R$ 7 mil.

A construtora, responsável pela execução do serviço de manutenção na parte externa do prédio de 25 andares, foi multada em R$ 7.039,00 pela ausência de um engenheiro com especialidade em segurança do trabalho.

O conselho também multou a empresa em R$ 703,90 pelo fato da instalação da cremalheira não apresentar responsável técnico.

"A presença do engenheiro de segurança do trabalho nas obras é fundamental para garantir a integridade dos trabalhadores, dos moradores e das pessoas que circulam pelo entorno. O setor de segurança do trabalho é responsável pela inspeção das atividades diárias, pela verificação das condições das ferramentas, calibragem de máquinas e equipamentos utilizados nos serviços e pela observância do uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos trabalhadores", afirmou o Crea-ES por meio de nota.

A construtora foi procurada pela reportagem do Folha Vitória para se posicionar sobre a ausência do engenheiro e do responsável técnico. Em nota, a Épura afirmou que "a obra segue todos os protocolos de segurança previstos pelos órgãos de controle e fiscalização, e que suas equipes passam por treinamentos regulares para prevenção de riscos".

Crea afirma que vistoria ainda não acabou

Para concluir a vistoria iniciada durante a tarde, ainda está prevista a inspeção técnica no andaime, que deverá ser realizada por um profissional da área de engenharia mecânica do conselho. Esta apuração visa detectar se houve falha mecânica no equipamento.

A orientação do engenheiro e presidente do Crea-ES, Jorge Silva, é de que as equipes continuem a apuração das responsabilidades técnicas e profissionais e ofereçam orientações com relação às medidas de segurança em obras e serviços de engenharia.

O que diz a construtora

Em nota, a Construtora Épura informou que a ocorrência foi ocasionada por falha mecânica em um dos balanços - equipamentos utilizados pelos colaboradores para acessarem a fachada do edifício. Veja nota:

"Embora tenham ficado brevemente suspensos, os trabalhadores se mantiveram em segurança durante o incidente por conta do correto e adequado uso dos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), regra básica e obrigatória em todos os canteiros de obra da empresa. Os empregados foram resgatados imediatamente e receberam todo o auxílio necessário.

A Épura reforça que mantém rigorosos procedimentos e orientações em relação à utilização dos equipamentos de segurança por seus colaboradores e que estes garantem que nada de grave aconteça em caso de eventuais falhas mecânicas como essa".

O CASO:




Fonte: Folha Vitória


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