Covid-19: ES confirma primeiro caso da subvariante da ômicron; SESA recomenda uso de máscara


Anúncio foi feito na tarde desta segunda (7). Subsecretário de Vigilância em Saúde recomendou atualização do cartão de vacinação, testagem e uso de máscara.

subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin

A Secretaria de Saúde do Espírito Santo confirmou, nesta segunda-feira (7), o primeiro caso de infecção da subvariante da ômicron BQ.1 no estado.

O anúncio foi feito pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em vídeo publicado nas redes sociais. De acordo com Reblin, essa variante tem sintomas leves e escape vacinal, o que significa que indivíduos vacinados contra outras variantes ainda podem se infectar com a BQ.1.

Não havia, até o anúncio, registro de caso grave da doença pela variante. O subsecretário afirmou que, nas últimas duas semanas, o estado apresentou um aumento no número de casos confirmados, muito provavelmente por causa da nova variante. No entanto, segundo Reblin, o Espírito Santo não apresentava aumento no número de casos que levem a internações e óbitos.

O subsecretário fez um apelo para que os capixabas com doses da vacina da Covid atrasadas atualizem o esquema vacinal.

Reblin ainda orientou que pessoas que apresentarem sintomas ou se expuseram a algum risco, façam teste.

O subsecretário também recomendou o uso de máscara.

"Se você se sentir mais seguro, quando for frequentar um ambiente com mais pessoas, use a sua máscara. Assim você estará protegendo a sua saúde e a saúde dos seus familiares", falou Reblin.

No sábado, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso da BQ.1. A variante está associada a um recente aumento de casos de Covid-19 nos Estados Unidos e na Europa. O primeiro caso identificado no Brasil foi em uma paciente da Amazônia.

As características da BQ.1

De acordo com o infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a BQ.1 é derivada da variante ômicron.

"É a mesma cepa que circula hoje na Europa e causou o aumento de infecções em países como Alemanha e França."

Não há mudanças em relação aos sintomas, que continuam sendo, para a maioria dos pacientes, dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.

A característica principal que a difere de outras cepas, explica o médico, é um escape muito maior da proteção das vacinas.

A BQ.1 apresenta mutações na proteína spike, uma proteína na superfície do Sars-CoV-2 que permite que ele se ligue e infecte nossas células.

Entre elas, está a mutação R346T, também encontrada na variante BA.5, que é associada por estudos com o escape imune significativo e até a evasão de anticorpos causados por infecções naturais por outras subvariantes da ômicron.

"Mas o que vemos acontecendo na Europa é que desde que as pessoas tenham a dose de reforço, ela supera a imunidade em relação à infecção, mas não causa casos graves."

No Rio de Janeiro, de acordo com Soranz, dos 47 pacientes internados na cidade, 92% não tomaram a dose de reforço ou nenhuma outra dose da vacina.


Fonte: G1 ES


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