Marinha diz que navio que bateu na Ponte é 'objeto de processo judicial' e está parado desde 2016



A Marinha informou, em nota, que abriu inquérito para apurar as causas do acidente com o navio São Luiz – que se chocou contra a Ponte Rio-Niterói nesta segunda-feira (14).

Segundo a Marinha, o navio é "'objeto de processo judicial" e está ancorado desde 2016 na Baía de Guanabara.

"A destinação da embarcação “SÃO LUÍS” é objeto de processo judicial. Enquanto aguarda a decisão judicial, a embarcação permanecia fundeada em local predefinido pela Autoridade Marítima, na Baía da Guanabara, desde fevereiro de 2016, sem oferecer riscos à navegação", diz o texto.

"Um Inquérito sobre Acidentes e Fatos de Navegação (IAFN) será instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente."

Ponte fechada

A Ponte Rio-Niterói foi fechada, em ambos os sentidos, por volta das 18h25 desta segunda-feira (14). Após mais de 3 horas de interdição, a via foi liberada parcialmente.

O graneleiro São Luiz, que estava abandonado na Baía de Guanabara, foi levado pelo vento e se chocou contra a estrutura da ponte, perto de Niterói. Não há informação sobre feridos.

Um vídeo gravado de dentro de um carro pelo motorista Alexandro Belotte, que passava pelo local, mostra o momento em que a embarcação atinge a ponte, provocando um forte impacto.

Segundo o motorista, ventava muito na hora do acidente e ele pode ver o navio se aproximar.

"Começou um vento muito forte na ponte (...) Foi aí que eu vi o navio e achei que ele ia passar direto. Mas, pela altura, logo eu pensei que estava estranho e que não ia passar (...) A parte alta bateu forte na ponte. Na hora, meu telefone caiu no chão. Chegou a balançar a ponte. Balançou muito. O carro quase sai de uma faixa e vai para a outra.”

Navio bateu na Ponte Rio-Niterói precisou ser rebocado — Foto: Reprodução

Três rebocadores atuaram para afastar a embarcação da ponte. A Guarda Portuária e uma equipe da Polícia Rodoviária Federal foram para o local.

Engenheiros avaliam a integridade da estrutura da ponte para a liberação do trânsito. Segundo o prefeito Eduardo Paes, não há indícios de danos mais graves, mas a reabertura da ponte depende de não haver qualquer risco.

"Conversei agora com o pessoal da EcoRodovias. Eles estão checando no detalhe o impacto da colisão na estrutura da ponte. A primeira impressão é a de que não há consequências mais graves. Só vão liberar após ter toda certeza. Por enquanto, evitem aquela região", disse o prefeito.

Trânsito e volta do feriadão

O fechamento da Ponte Rio-Niterói deu um nó no trânsito do Rio de Janeiro. Reflexos rapidamente começaram a ser sentidos nos acessos, principalmente na Avenida Brasil.

A via é a principal ligação da capital com Niterói, São Gonçalo – segunda cidade mais populosa do estado – e a Região dos Lagos – de onde muitos moradores da capital precisarão voltar na terça-feira, quando termina o feriadão.

Carros ficaram parados no acesso à Ponte Rio-Niterói, que foi fechada após navio bater na estrutura — Foto: Reprodução/TV Globo

Ventos fortes

O acidente ocorre em meio à mudança de tempo no Rio. Fortes ventos atingiram a cidade, que está em estágio de mobilização deste o início da tarde.

Segundo o Alerta Rio, houve registro de vento forte nos aeroportos do Galeão (57,4 km/h) e Santos Dummont (53,7km)

Fonte: G1


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