Aracruz: “Alicate usado por atirador para romper cadeado de escola é de uso da polícia”, diz secretário




Em entrevista, o secretário de Educação do Espírito Santo, Vitor de Angelo, revelou que o adolescente responsável pelos ataques em duas escolas em Aracruz na última sexta-feira, 25 de novembro, utilizou um alicate de uso policial para invadir a escola Primo Bitti, primeiro alvo do atentado.

A informação foi divulgada durante o programa, exibido em uma rede de TV na última quinta-feira (1º), em que o secretário respondia perguntas de populares e pais.

“Ele quebrou esse cadeado com um alicate específico para isso, que a polícia usa. Então não é um instrumento qualquer que ele adquiriu em qualquer lugar, foi algo planejado”, contou.

O secretário respondeu ainda que um detector de metais não ajudaria coibir as ações do menor. Pelo fato de conhecer a escola, o atirador planejou entrar pelos fundos, onde não haveria movimentação de pessoas.

“Eu penso que, para esse caso, não teria ajudado nada, porque o detector de metal fica na portaria. Se houvesse um detector nos fundos, ele planejaria outra rota. A escola tem vigilantes, câmeras, ele teve muito tempo para planejar este ataque”, complementou.

Vitor é um dos secretários que compõem a Sala de Situação, constituída pelas Secretarias da Educação (Sedu), Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), e Assistência e Desenvolvimento Social (Setades), para apresentar planos de ação e acolhimento dos afetados pela tragédia no município.

O secretário frisou que, no momento, a prioridade é o atendimento às escolas e assegurar um policiamento mais objetivo em torno das unidades escolares para garantir a segurança.

“Lógico que segurança não precisa e nem deve ser só sensação, deve ser segurança mesmo, mas a gente sabe que hoje, em decorrência dos fatos, mesmo havendo segurança, fica um sentimento de que ela não existe.”

Secretaria de Segurança investiga se adolescente agiu sozinho

Como relatado pela Polícia Civil, o adolescente apreendido, responsável pelos ataques, planejou o atentado por cerca de dois anos antes de executá-lo na última sexta-feira (25).

Durante a coletiva desta quarta, o secretário de Segurança Pública, coronel Márcio Celante Weolffel, afirmou que as investigações prosseguem sobre o possível envolvimento de uma segunda pessoa no planejamento dos ataques.

“Sabemos com certeza que na sexta-feira, o adolescente agiu sozinho, mas a investigação segue se nesses dois anos outras pessoas se envolveram no planejamento”, contou.

Fonte: Folha Vitória


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