Estudante do ES cria programa para agilizar diagnóstico de câncer no cérebro e ganha prêmios no Brasil e na Turquia

Estudante capixaba, Lara Gomes Chieppe, 17 anos, criou programa para agilizar diagnósticos de câncer — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Há oito anos, a estudante do 3° ano do ensino médio, Lara Gomes Chieppe, de 17 anos, perdeu o avô para o câncer e a dor do luto se transformou em motivação para os estudos.

"Repetiu várias vezes na minha cabeça uma coisa que a minha mãe falou 'ah, a gente poderia ter evitado isso se ele tivesse feito a cirurgia antes", disse a jovem.

Para mudar essa realidade de diagnóstico tardio de câncer no cérebro, a estudante desevolveu um programa capaz de automatizar o processo de identificação de tumores malignos por meio da análise de imagens de ressonância magnética. A precisão é de, aproximadamente, 99%.

"O programa possibilita a redução do tempo do diagnóstico da doença o tratamento precoce a diminuição da mortalidade. A maioria das vezes você só tem acesso a resposta magnética e uma pessoa precisa ver todos os sinais que tem dentro da imagem e, com isso, chegar a uma conclusão. Agora não precisa, é só jogar no computador", explicou Lara.

O estudo, intitulado de "Uma análise comparativa entre ResNet-152 e DenseNet-121 para uma Classificação Multiclasse de Tumores Cerebrais", rendeu à jovem a conquista de dois prêmios. O primeiro foi na Feira Brasileira de Jovens Cientistas, realizado em agosto de 2022. Na ocasião, Lara foi reconhecida com o Prêmio Estreante Destaque e ficou em segundo lugar na categoria Ciências Exatas e da Terra.

A segundo premiação, no mês de novembro deste ano, foi internacional. A jovem ampliou a pesquisa inicial sobre o uso da inteligência artificial para automatizar diagnósticos de câncer e conquistou medalha de prata na Feira Internacional de Música, Ciência, Energia e Engenharia de Buca, distrito localizado na cidade de Esmirna, na Turquia.

Programa desenvolvido por estudante do ES pode agilizar diagnósticos de câncer no cérebro. — Foto: Reprodução

Acessível

De acordo com o Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br), 94% das unidade de saúde do país utilizam computadores e 92% internet, enquanto cerca de 2.500 não possuem o dispositivo e 3.400 não têm acesso à rede.

Segundo Lara, esses números facilitam a popularização do programa, que, apesar de ter maior eficácia em computadores robustos, foi desenvolvido com uma tecnologia financeiramente acessível e pode ser processada em computadores comuns.

"O programa utiliza ferramentas de inteligência artiicial, na qual pode ser feito por meio do 'treinamento' de um algoritmo a partir do fornecimento de um conjunto de dados reais", explicou a jovem.

Fonte: G1


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