O que é um Ataque Isquêmico Transitório (AIT), condição que afetou Renato Aragão

Renato Aragão. — Foto: Arquivo/Márcio de Souza/TV Globo

O humorista Renato Aragão foi internado nesta quarta-feira (7) por causa de um Ataque Isquêmico Transitório (AIT).

O AIT é um bloqueio temporário da passagem de sangue para o cérebro. Seus sintomas duram poucos minutos e o AIT não causa lesão cerebral permanente.

Normalmente, a condição dura menos de uma hora e é como se fosse um alerta de que algo mais grave pode estar para acontecer: um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que é popularmente conhecido como "derrame" e que costuma deixar sequelas.

No caso do humorista, o único sintoma foi uma tontura, o que o levou a pensar que estivesse com labirintite. Mais tarde, veio o diagnóstico de AIT. Para prevenir desdobramentos do acidente, ele ficará em vigilância neurológica num período de até 48 horas.

Entenda o essencial sobre o AIT:

  • O QUE É UM AIT? O Ataque Isquêmico Transitório é o entupimento de uma artéria que leva sangue para o cérebro. No geral, um coágulo de sangue ou placa de gordura se solta do coração e acaba se acomodando em uma artéria cerebral.
  • QUAIS OS SINTOMAS DO AIT: Fraqueza em um dos braços ou uma das pernas, dormência em um lado do corpo (perda de sensibilidade), fala enrolada ou perda repentina da visão de um dos olhos (estado de confusão mental). Os sintomas são parecidos com o de um AVC e costumam ser negligenciados na maioria das vezes, o que aumenta as chances de sequela.
  • QUEM É MAIS AFETADO? Pessoas de meia-idade e idosos são os mais afetados pela condição.
  • QUAIS OS FATORES DE RISCO? Colesterol alto, hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade, consumo excessivo de álcool, sedentarismo e alimentação desequilibrada, entre outros.

Um aviso importante: mesmo quando os sintomas passam rapidamente ainda é preciso que o paciente seja levado ao pronto-socorro imediatamente.

A neurologista Helena Fussiger, professora de Neurologia da Universidade Feevale, diz que os sintomas importantes são chamados de déficit neurológico focal.

"Pode ser tanto a tontura, como ficar com um lado do corpo sem força, desvio da comissura labial, enrolar a fala ou até uma dormência de um lado do corpo", diz a neurologista.

Ela ressalta que, mesmo se houver melhora espontânea, ainda é preciso investigar, pois há o risco de ocorrer um AVC.

"É preciso começar algum tipo de tratamento preventivo baseado na investigação da causa", afirma Fussiger.
Fonte: G1



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