ES registra aumento de casos de dengue na 1ª semana de janeiro


Só na primeira semana do ano foram registrados 1.453 casos da dengue no Espírito Santo. Número bem maior do que os registros do mês de janeiro de 2022, quando no mês todo foram registrados 951 casos da doença.

Segundo o infectologista Crispim Cerutti, o estado pode estar vivendo uma epidemia da doença.

"A gente tem epidemias que ocorrem a aproximadamente a cada três anos. A última que a gente teve foi em 2019/2020. Embora o intervalo seja um pouco curto, a gente pode dizer que sim, estamos em uma nova epidemia da doença. A frequência de casos acompanha o ciclo de vida dos mosquitos", explicou o infectologista.

O infectologista também explica sobre a frequência dessa epidemia e porque em alguns anos acaba aumentando o número de casos da dengue.

"Epidemias costumam acontecer a cada três anos, porque é dinâmica de circulação dos sorotipos virais. São 4 sorotipos da dengue, e quando entra um sorotipo em circulação, muitas pessoas são acometidas em ritmo de epidemia. Aí, depois, ocorre uma imunização geral das pessoas e na próxima sequência, o número de casos será baixo porque as pessoas estarão imunes. O mosquito é sempre o mesmo", afirmou o infectologista.

A dona de casa Dalva Aparecida teve dengue em 2015 e lembra até hoje do sufoco que passou. Ela ficou preocupada com o aumento de mosquitos no bairro onde mora, em vitória.

"Até hoje eu sinto dor nas pernas, nos braços. Eu fiquei muito ruim em cima da cama. O mosquito agora tá atacando mesmo, mordendo a gente, morde as crianças. Nós precisamos do carro do fumacê passando direto aqui, a gente não aguenta não, tanto mosquito. Eu já tive, mas eu fico mesmo é preocupada, fico com medo de pegar as crianças" contou Dalva.

O subsecretário de Vigilância em Saúde do estado, Luiz Carlos Reblin apontou que o estado está em alerta para a doença.

Agente de endemia de Vitória faz visita em casas para eliminar água parada e focos de mosquito da dengue. — Foto: Reprodução/TV Gazeta

"Nós tivemos muita chuva, acumula muita água. E agora temos um período de calor intenso, com muito sol. Isso facilita a procriação do mosquito aedes aegypti que transmite dengue, zika e chikungunya. Então, tem 4 semanas que nós estamos observando um aumento gradativo do número de notificações e casos confirmados", disse o subsecretário.

Segundo os agentes de endemia, 80% dos focos de dengue estão dentro das casas. Isso significa que o combate ao mosquito é uma missão, principalmente, de cada morador. Mas apesar de os cuidados serem tão simples, sempre é preciso reforçar a importância de não deixar água parada.

"Se a calha não estiver bem conservada e entupida, pode ser que dê foco de mosquito. Junto com pratinhos de planta e ralos, são os campeões de focos de mosquito dentro das casas", alertou o supervisor de combate a endemias da prefeitura de Vitória, Ronaldo Bernabé.

Fonte: G1


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