Morre jornalista Henrique Caban, aos 82 anos

O jornalista Henrique Caban — Foto: Reprodução/TV Globo

O jornalista Henrique Caban morreu na madrugada desta quarta-feira (18), aos 82 anos, no Rio de Janeiro.

Caban estudava Direito quando decidiu se dedicar ao jornalismo. Era carioca e começou a carreira no jornal Última Hora, aos 18 anos.

Passou também pela redação do Jornal do Brasil e estava na equipe de jornalistas que fundou a revista Veja, em 1968.

Depois, virou uma figura marcante na história do jornal O Globo, onde trabalhou por 27 anos em postos de comando.

Ao lado do jornalista Evandro Carlos de Andrade, participou do processo de reformulação do jornal, com a profissionalização da redação, mudanças na diagramação e na gestão administrativa.

Em 1974, Henrique Caban também passou a coordenar as equipes de coberturas de grandes eventos, como as copas do Mundo de futebol. A participação dele também foi importante na expansão de O Globo em outras cidades, no lançamento da edição de domingo, na impressão em cores e na informatização da redação.

O jornalista foi o idealizador da Agência O Globo.

"Essa ascensão e essa reforma do Globo foram muito marcantes, e me deixam muito orgulhoso de ter participado delas, entendeu? A fundação da Veja foi outra coisa que me deu também muita satisfação", disse Caban, em depoimento ao Memória Globo.

No jornal O Globo, Caban trabalhou e fez amigos: "O doutor Roberto [Marinho] foi a pessoa que mais me transmitiu lições", contou.

O jornalista trabalhou ao lado de Evandro Carlos de Andrade, diretor de redação de O Globo durante 24 anos e diretor de jornalismo da Globo por 6 anos.

"O Evandro foi uma parceria (...) que me fez crescer muito, que criou uma amizade permanente. O meu irmão morreu, e na realidade o meu irmão ficou sendo o Evandro, com quem eu acabei convivendo, dentro de casa, fora de casa, no trabalho. Ficou uma coisa muito próxima", disse Evandro.

Caban dedicou-se ao jornal O Globo até o começo do século 21.

Filho de pai polonês e mãe russa, imigrantes judeus que chegaram ao Brasil em meados dos anos 30, o carioca Caban participou de movimentos de esquerda na juventude. Seguiu, o exemplo do pai, que também era militante comunista.

Henrique Caban deixa duas filhas, Adriana e Isabela, e cinco netos.

Fonte: G1


Postagem Anterior Próxima Postagem