ES registra aumento de mortes por picadas de abelhas; saiba como evitar ataques


Apesar de serem essenciais à manutenção da biodiversidade, as abelhas também podem levar os seres humanos à morte. Essas ocorrências, inclusive, têm aumentado no Espírito Santo: somente em 2022, o estado registrou quatro mortes por ataques de abelhas – o maior índice dos últimos seis anos.

De 2017 a 2022 foram 11 óbitos, sendo uma morte em 2017, 2018 e 2021, e dois óbitos em 2019 e 2020, além dos quatro óbitos em 2022.

Entre janeiro e dezembro de 2022, foram notificados no estado 536 acidentes com abelhas, representando uma elevação de 92,8% se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando ocorreram 278 incidentes.

Mortes por acidente com abelhas no ES
  • 2017: 1
  • 2018: 1
  • 2019: 2
  • 2020: 2
  • 2021: 1
  • 2022: 4

Atualmente, o maior número de ocorrências está concentrado nas regiões Central e Norte, com 284 notificações. Em seguida, aparece a Grande Vitória, com 182 ocorrências.

Referência técnica de animais peçonhentos do CIATox, Nixon Souza alerta sobre os riscos da ferroada do inseto.

"As reações desencadeadas pela picada de abelhas variam de acordo com o local e o número de ferroadas, bem como características e o passado alérgico do indivíduo. Em casos mais graves, pode ocorrer o choque, insuficiência respiratória e/ou renal aguda, levando o ser a óbito", explicou.

Souza ressaltou ainda que os acidentes são mais comuns durante janeiro, devido ao clima da época e por ser considerado o período de reprodução desses animais.

"O número de acidentes com o animal costuma aumentar em janeiro, uma vez que o ambiente fica mais quente e úmido, provocando maior agitação e migração dos insetos para formação de novas colmeias", falou.

De acordo com o especialista, as abelhas só atacam quando se sentem ameaçadas por ruídos, cheiros fortes, vibrações e movimentos que chamam atenção. Por isso, orienta quais ações tomar em caso de picadas.

"Caso seja atacado, o cidadão deve correr em zigue-zague no ambiente aberto, plantação ou mergulhar em rios ou piscinas. Assim que estiver protegido, ele pode ajudar os companheiros cobrindo-os com uma coberta, mas sempre em uma distância segura e que não tenha abelhas sobrevoando", disse.

Em caso desses acidentes, é necessário procurar ajuda médica o mais rápido possível.

Além disso, o cidadão pode solicitar ajuda por meio do número de telefone do Corpo de Bombeiros, 193, e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), 192.

Os cuidados para evitar acidentes por abelhas
  • Evite se aproximar de colmeias de abelhas, principalmente das mais agressivas nomeadas Apis Mellifera, sem vestuário e equipamentos adequados
  • Não caminhe ou corra em locais considerados de rotas de voo desses insetos
  • As colônias de abelhas devem ser retiradas somente por profissionais devidamente treinados e equipados, preferencialmente ao anoitecer ou a noite
  • No campo, o trabalhador deve estar atento à presença do inseto e evitar fazer movimentos e barulhos que possam irritá-lo
Fonte: g1



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