VÍDEO mostra momento que suspeitos compram gasolina para incendiar corpo de aposentado no ES


Imagens de câmeras de segurança também flagraram momento que vítima, Gildomar Perin, saiu do condomínio onde tinha apartamento em Jardim Camburi, Vitória, no sábado (18), dia que foi assassinada.

Um vídeo de câmeras de videomonitoramento de um posto de combustíveis em Jacaraípe, na Serra, Grande Vitória, mostra o momento em que um adolescente de 16 anos e um homem de 24 anos, compram um galão de gasolina para incendiar o corpo do aposentado Gildomar Perin, de 60 anos (veja o vídeo abaixo). De acordo com a polícia, a vítima foi morta a pauladas no sábado (18) e teve o corpo incendiado dois dias depois.

O aposentado foi visto pela última vez no sábado (18), quando saiu da cidade em que morava, em Itarana, no Norte do estado, para passar o carnaval sozinho no apartamento que tinha em Jardim Camburi, em Vitória.

O corpo de Gildomar foi encontrado em uma região de eucaliptos na tarde de quinta-feira (23), em Jacaraípe. Um dos suspeitos, Kaike Teofilo da Silva, foi preso na terça-feira (21) com o carro, celular e chaves do veículo da vítima.

Carro de aposentado desaparecido foi encontrado com suspeitos em Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Investigação

Segundo a polícia, o adolescente, com quem o aposentado tinha um relacionamento, tramou o crime e ateou fogo no corpo da vítima com a ajuda de Kaike e do homem de 24 anos, que não teve o nome divulgado.

Gildomar Perin, de 60 anos, foi morto no ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Os detalhes da investigação foram divulgados em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (24). O secretário de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, que o crime foi elucidado com a ajuda do cerco eletrônico.

"O cerco inteligente foi fundamental para que nós monitorássemos todo o deslocamento desse veículo no município de Vitória vimos onde eles rodaram com esse veículo . Nós localizamos o veículo com o apoio a ferramenta tecnológica de Vitória, na Ilha do Frade", disse o secretário.

De acordo com a polícia, o adolescente e Kaike mataram o aposentado a pauladas e o homem de 24 anos ajudou a colocar fogo no corpo da vítima dois dias depois.

Adolescente tramou a morte de aposentado, diz polícia

Gildomar aparece em imagens de câmeras de segurança saindo do condomínio em Jardim Camburi, Vitória, onde tinha um apartamento — Foto: Polícia Civil/Divulgação

De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, o adolescente e a vítima se encontraram mais de 10 vezes em Vitória por cerca de sete meses e, durante esse período, o menor arquitetou o crime.

"Por cada encontro era paga a quantia de R$ 300 pela vítima ao adolescente, fato que despertou a atenção dele e fez com que arquitetasse o crime de roubo com o seu comparsa que é o Kaike. O terceiro indivíduo entra na segunda parte, quando eles compram gasolina e voltam ao local para atear fogo no corpo da vítima", disse o delegado.

Kaike e o adolescente moravam juntos. As investigações também apontaram que Kaike é de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro e estava no Espírito Santo para manter um relacionamento com a irmã do adolescente.

O crime

O delegado contou que no sábado, dia do crime, Gildomar foi até o bairro Carapina Grande, na Serra, buscar o adolescente, na casa onde morava. Os dois foram juntos para Vitória e passaram a tarde no apartamento da vítima em Jardim Camburi.

No final da tarde, por volta de 17h, Gildomar e o adolescente apareceram em imagens de câmeras de viodemonitoramento saindo do condomínio no carro do aposentado. De volta ao bairro, onde o adolescente morava, os dois foram abordados por Kaike, que simulou um assalto.

"A vítima parou o veículo. Kaike já aguardava ambos no local, se aproximou do veículo anunciando o assalto e simulando estar armado com uma arma de fogo. Nesse momento o Kaike colocou a vítima junto com adolescente no banco de trás e foi guiando o veículo", contou o delegado.

Durante o trajeto, Gildomar chegou a oferecer dinheiro para os suspeitos, que não aceitaram. A polícia não informou em que momento a vítima entendeu que o jovem, com quem se relacionava, estava participando da ação.

"Durante o trajeto a vítima a todo tempo permaneceu em silêncio e pediu para eles não fazerem nada e, inclusive, se propôs a parar em um caixa eletrônico, sacar um dinheiro e entregar , fato que não foi aceito. De comum acordo, decidiram matar a vítima pois caso ela sobrevivesse reconheceria ambos" , disse o delegado Rodrigo Sandi Mori.

Ao chegarem ao local do crime, Gildomar foi retirado do veículo por Kaike e agredido com uma gravata e depois com um golpe de madeira na cabeça.

"[Kaike] deu uma gravata nele, derrubou ele ao chão, pegou um pedaço de madeira e desferiu um primeiro golpe que acertou a nuca da vítima. O adolescente também pegou esse mesmo pedaço de madeira e deu um segundo golpe na face da vítima. Com a vítima já desmaiada, os dois pegaram o corpo da vítima e jogaram em um barranco que estava próximo ao local", detalhou o delegado.

Suspeitos curtiram carnaval depois de matar aposentado

O delegado Rodrigo Sandi Mori disse que depois de matar o aposentado, o adolescente e Kaike abandonaram o corpo dele e foram curtir o carnaval com o carro e o cartão de crédito da vítima.

"Foi um ato covarde, cruel, repugnante praticado por indivíduos que tem total desprezo pela vida humana. Eles roubaram, mataram, compraram cerveja e foram curtir o carnaval logo após o crime. Inclusive, passaram o cartão de crédito da vítima em vários estabelecimentos comerciais durante o carnaval, postos, bares, sacaram uma quantia de R$ 900 para curtirem o carnaval", disse o delegado Rodrigo Sandi Mori.

O adolescente e o homem de 24 anos não tinham antecedentes criminais. Kaike foi apreendido por tráfico de drogas quando adolescente em Angra dos Reis.

Os três foram autuados por latrocínio e ocultação de cadáver, Kaike e o homem de 24 anos, por corrupção de menores.

Rodrigo Sandi Mori disse que ainda não se sabe se a vítima morreu no sábado de carnaval, quando foi atacada a pauladas, ou dois dias depois, quando teve o corpo incendiado pelo trio.

"Estamos aguardando a conclusão do laudo cadavérico pra entender qual foi a causa da morte. Não sabemos se foram os golpes de madeira ou o fogo ateado no corpo da vítima dois dias depois. Somente com o laudo cadavérico teremos certeza", informou o delegado.


Fonte: G1 ES


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