Dia da Coxinha: confira alguns sabores diferentões para aproveitar a data

De sabores que vão de bacon, costela até brigadeiro, o quitute continua a conquistar corações em todo o Espírito Santo


Desde a chegada da internet a terras tupiniquins, um debate interminável se instaurou, há quem discuta, bata boca, se digladie em uma mesa de bar, restaurante ou lanchonete, mas afinal: a coxinha deve ser mordida pela base ou pela pontinha?

Esta quinta-feira (18) é o dia certo para ter esta discussão, pois simboliza uma das datas mais saborosas do mundo, o Dia Nacional da Coxinha. Portanto, larguem os garfos e saquem os guardanapos, pois é hora de conhecer tudo sobre o quitute mais amado dos brasileiros.

Origem da coxinha

Para começar, é necessário uma pequena prévia com a história da estrela do dia. A verdade é que a origem da coxinha ainda é assunto bastante debatido até os dias de hoje.

No livro Histórias e Receitas, a escritora Nadir Cavazin afirma que o salgado é tipicamente brasileiro e tem origem imperial. Segundo ela, a coxinha nasceu em Limeira (SP), ainda no século 19.

Em visitas à Fazenda Morro Azul, no município paulista, um dos filhos da Princesa Isabel precisava de alguns cuidados especiais para comer, o famoso ruim de garfo. A iguaria preferida dele era coxa de frango, o que acabou faltando em um dia de visita.

Para suprir a falta, uma das cozinheiras da propriedade preparou uma massa feita com batatas e recheada com peito de frango, dando origem ao salgado. O quitute caiu nas graças do garoto e logo se popularizou com toda a família real.

Há, no entanto, chefs que dizem que a coxinha não passa de uma adaptação de um prato francês, preparado com os mesmos ingredientes. Ou seja, mais uma apropriação brasileira de pratos típicos de outros países como a cozinha italiana e japonesa.

A verdade é que pontuar realmente a origem do salgado é uma tarefa difícil, até o momento ficaremos apenas no mistério.

Coxinhas diferentonas vendidas no Espírito Santo

O território capixaba se sobressaiu quando o assunto é inovar nos sabores do salgado que conquistou o coração dos brasileiros. De costela a bacon, até coxinhas doces deram o ar da graça no Estado, confira algumas:

Gaúcha Salgados

Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Qual foi a maior coxinha que você já experimentou na vida? Sabemos que uma das maiores para se degustar no Estado se encontra no Gaúcha Salgados, em Jacaraípe na Serra, e conta com inacreditáveis 500g de pura delícia, cada uma é vendida por R$ 15.

A ideia é da própria dona Cleria Mariza Schneider, uma gaúcha que fez do Espírito Santo sua casa. Antes de se mudar para Jacaraípe, ela teve um quiosque em Vila Velha e viu ali uma grande oportunidade.

"Eu mexia com muita porção na época, eu sentei e fiquei pensando que no sul o é tudo muito farto. Pensei em bolar alguma coisa que vai satisfazer os surfistas quando saírem da água. Criei ela, fui testando e testando, estudei bem a receita", contou.

Para a coxona, ela resolveu utilizar os sabores tradicionais: frango e catupiry. Ela serve tranquilamente duas pessoas e é o carro-chefe da casa. Além dela, a Gaúcha também trabalha com quibe, maravilha e bolinho de aipim, além de popularizar o açaí no Estado, lá pelos idos de 2004.

Ela conta que jamais imaginou tamanho sucesso e que a coxinha gigante já foi degustada por pessoas de diversos estados e até de outros países, como a Itália.

"Nunca imaginei que seria sucesso, sou formada na área de saúde, nunca pensei que o dom que herdei da minha mãe me tornaria a gaúcha do surf da coxa de 500g. Já recebi pessoas da Bahia, até da Itália. Eles sempre se surpreendem quando veem ela ser aberta, que é tão grande, tão cheia, que serve duas pessoas tranquilamente", disse.

E a receita de todo esse sucesso, a Gaúcha garante: o salgado é feito com muito amor e também com gratidão aos surfistas e aos clientes fiéis que a acompanham já há 19 anos.

"O que posso dizer é que nossa coxinha é feita com muito amor e qualidade, a receita básica é o amor e o carinho, pois é feita manualmente. Só usamos produtos de qualidade, nada de segunda mão. Todo dia é fabricada e frita na hora", finalizou.

Kafua Coxinhas 

Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal

Quem também resolveu investir em um diferencial foi o David Kafua, proprietário da Kafua Coxinhas, em Vila Velha. Atualmente eles contam com dez sabores que vão do clássico frango a camarão, pizza, frango com cheddar, bacon e alho poró.

"Tudo começou em 2010, depois de um grave acidente fiquei dois anos afastado do mercado de trabalho, e sempre fui apaixonado por pastel e caldo de cana. Abri uma pastelaria na minha casa e aí veio a grande sacada: usar recheios de pasteis na coxinha", contou David.

Ele contou que a ideia surgiu sem querer, depois de algumas cervejinhas na madrugada "Resolvemos inovar. O primeiro recheio foi camarão, depois carne seca. Aí veio a de bacon com queijo e o negócio viralizou, não teve jeito!"

O carro-chefe da casa é a de frango com catupiry, mas o próprio David confessa que sua favorita é a de pizza, que replica o recheio de uma pizza portuguesa no interior de uma coxinha.

David conta com a ajuda da esposa e até seis meses atrás da mãe, que faleceu há pouco tempo. Ele conta que tocar o negócio serve ainda como uma homenagem a ela.

"Perdemos dona Kafua, mas Deus nos deu forças e estamos na luta levando coxinhas de diferentes sabores à mesa do povo vila-velhense", disse.

A coxinha tradicional de frango e catupiry sai por R$ 5, os demais sabores por R$ 5,50. Para a data, David preparou uma promoção especial: as coxinhas de frango, pizza, alho poró e bacon com queijo saem por R$ 3 até durar o estoque.

Vívian Musso Gastronomia

Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal


A chef de cozinha Vivian Musso é a capitã de um buffet que leva seu próprio nome e faz a alegria de diversos eventos com suas coxinhas. Elas são tradicionais de frango, mas levam uma curiosidade enorme: são feitas sem massa, apenas com uma casquinha crocante.

"É a mais pedida, todo mundo ama e é sucesso em todos os eventos. Ela é puro recheio e apenas uma casquinha por fora", contou.

Mas quem quiser experimentar um sabor especial durante temporadas específicas, a chef trabalha com dois sabores: pulled pork, que é carne de porco com gorgonzola e camarão.

As opções aparecem mais em épocas festivas, como festas juninas e julinas, como explica a empreendedora.

"Como tenho um buffet, as opções do cardápio são muito variadas. Para as encomendas, optei por um cardápio menor, selecionando os favoritos. Nas temporadas e datas comemorativas, consigo trazer alguns opções diferentes para diversificar", disse.

Apesar da opção de frango ser a mais pedida, Vivian revela que quem realmente ganhou seu coração foi a de camarão. E a opção tradicional pode ser pedida em casa, a partir de 50 unidades por R$ 120.

E para quem quiser experimentar, Vivian garante que vai se apaixonar. "Ingredientes de qualidade e muito sabor, tudo feito com muito capricho", finalizou.

Mi Doces e Confeitaria

Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal

Nem só de sabores salgados vive esta iguaria, quem resolveu ousar nos sabores foi a Millena Moreira da Silva, dona da Mi Doces e Confeitaria. Por lá, ela vende coxinhas de brigadeiro recheado com morango e ninho com morango, no cardápio desde 2019.

"Elas são feitas todos os dias fresquinhas. No fim do dia não sobra uma pra contar história, tudo que contém morangos vende muito por aqui, então a junção de brigadeiro com morangos foi perfeita", contou.

Millena revelou que trabalha com coxinhas desde os 12 anos em uma empresa familiar e declara "aqui somos máquina de enrolar coxinhas".

Para quem não tem um paladar muito chegado aos doces, há também opções salgadas que também fazem a cabeça dos clientes: frango com catupiry e costela com cream cheese, esta segunda, se tornou uma verdadeira febre na loja.

" Tem sido uma febre aqui na loja, a coxinha de costela também é muito diferente, então tem pessoas vindo de longe, até mesmo de outra cidade pra conhecer", disse.

Para quem está em dúvida sobre qual dos sabores experimentar, Millena já deixa a dica cravada: uma de costela e cream cheese para o almoço e uma de brigadeiro para a sobremesa. A salgada sai por R$ 15 e a doce, por R$ 10.

E para quem leva em consideração a procedência dos ingredientes, pode ficar despreocupado. Ali, todos os itens são escolhidos a dedo, segundo a empreendedora.

"A nossa qualidade é incomparável, uma boa massa, uma boa quantidade de recheio, produtos de qualidade, empanamento crocante Já a coxinha doce, o morango é selecionado um a um, além do brigadeiro bem cremoso ela é passada no granulado de chocolate belga, sensacional", finalizou.

Fonte: Folha Vitória

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