O fim das alergias: pesquisa de ovos geneticamente modificados avançam

Cientistas viabilizam fazer uso da tecnologia de edição de genoma para desenvolver ovos de galinha para pessoas alérgicas. Confira!



A alergia a ovos é uma condição comum em crianças e pode ser desencadeada por diversos alimentos, até mesmo por vacinas. No entanto, os pesquisadores estão utilizando a tecnologia de edição do genoma para criar uma variedade de ovos de galinha que podem ser consumidos de forma segura por pessoas com alergia.

Ao modificar geneticamente as galinhas, eles estão trabalhando para reduzir ou eliminar as proteínas alergênicas presentes nos ovos, proporcionando uma opção livre de risco para os indivíduos alérgicos.

Essa abordagem inovadora oferece a possibilidade de desfrutar dos benefícios nutricionais dos ovos sem as preocupações relacionadas às reações alérgicas.

Os sintomas da alergia ao ovo podem variar de pessoa para pessoa, abrangendo uma série de manifestações. Entre eles estão a inflamação da pele, ou urticária, cólicas estomacais, corrimento nasal e espirros, congestão nasal, náuseas e vômitos, bem como dificuldade respiratória.

Em casos mais graves, a anafilaxia, uma reação alérgica potencialmente fatal, pode ocorrer, exigindo tratamento médico imediato. É fundamental estar atento a esses sintomas e buscar assistência médica apropriada ao identificar qualquer sinal de reação alérgica ao ovo, especialmente se os sintomas forem graves ou se a pessoa tiver histórico de anafilaxia.

Ciência cria ovos geneticamente modificados para alérgicos

Pesquisadores da Universidade de Hiroshima deram um passo importante no desenvolvimento de uma solução para a alergia ao ovo. Utilizando a tecnologia de edição do genoma conhecida como TALENs, eles conseguiram criar um ovo de galinha que não contém a proteína ovomucoide (OVM), uma das principais causadoras da alergia.

A OVM representa aproximadamente 11% de todas as proteínas presentes na clara do ovo. Essa conquista é promissora e pode oferecer uma alternativa segura para indivíduos alérgicos ao ovo, permitindo que eles desfrutem desse alimento sem preocupações com reações adversas.

É surpreendente a quantidade de produtos alimentícios que contêm ovos, ovo em pó ou ovos secos. Esses ingredientes estão presentes em uma variedade de alimentos, como empanados e batidos, molho para salada, sorvetes, doces, bolo, crepes e waffles, assim como em tantos outros.

Além disso, é importante ressaltar que a maioria das vacinas contra a gripe é produzida utilizando tecnologia à base de ovo.

Portanto, para pessoas com alergia ao ovo, é essencial ler atentamente os rótulos dos alimentos e conversar com profissionais de saúde sobre a composição das vacinas para evitar qualquer reação alérgica indesejada.

Resultado da pesquisa

Os pesquisadores utilizaram a tecnologia de edição do genoma TALENs para direcionar uma região específica do RNA das galinhas, conhecida como exon 1, responsável pela codificação de proteínas específicas, incluindo a proteína ovomucoide (OVM).

Os ovos produzidos pelas galinhas geneticamente modificadas foram cuidadosamente analisados para avaliar a presença de OVM, as variantes mutantes da proteína e quaisquer efeitos indesejados.

Os resultados dos testes revelaram que os ovos não apresentavam anomalias visíveis e estavam completamente livres de OVM e suas variantes mutantes.

Embora o sequenciamento completo do genoma dos ovos modificados tenha revelado a presença de mutações, indicando a ocorrência de efeitos indesejados, essas mutações não afetaram as regiões responsáveis pela codificação de proteínas.

Esses resultados promissores indicam que a técnica de edição do genoma utilizada foi eficaz na criação de ovos de galinha livres de OVM. No entanto, é importante continuar os estudos para garantir a segurança e avaliar possíveis efeitos colaterais em longo prazo.

A pesquisa nessa área está avançando e pode trazer esperança para pessoas alérgicas ao ovo, oferecendo-lhes uma opção alimentar segura e livre de alergênicos.

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