Saiba como juros compostos podem transformar seus investimentos


A composição tem poder multiplicador impressionante sobre investimentos, o que não é perceptível sem análise mais profunda sobre o assunto; leia artigo do IBEF-ES

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Juros compostos são os juros de um determinado período somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes, também conhecidos como “juros sobre juros”.

Sua definição é de fácil compreensão, porém, a maioria dos investidores não tem a real noção da sua importância e do seu potencial.

A composição tem poder multiplicador impressionante sobre investimentos, o que não é perceptível sem uma análise mais profunda sobre o assunto.

A fortuna do renomado investidor Warren Buffett, por exemplo, não se deve apenas ao fato dele ser um bom investidor, mas, sobretudo, à constância e resiliência que ele demonstrou ao longo de muitas décadas.

Buffett começou a investir aos dez anos de idade e hoje, aos 91, continua à frente dos seus investimentos.

No livro “A psicologia financeira”, Morgan Housel aborda este tema e faz uma análise considerando um cenário hipotético no qual Buffet começasse a investir aos 30 anos de idade com US$ 25 mil e se aposentasse aos 60.

Mesmo considerando um retorno espetacular de 22% ao ano, o resultado seria um patrimônio 99,9% inferior ao que ele possui hoje
Importante ressaltar que a continuidade em investimentos não é trivial. Os mercados avançam em ciclos e é preciso muita tranquilidade e confiança para não se desfazer das suas posições em momentos de estresse.

É exatamente nesses períodos que os preços dos ativos estão mais depreciados e tais movimentos podem colocar décadas de investimentos a perder.

Além da continuidade ao longo dos anos, o reinvestimento de proventos é outro fator importante em termos de composição.

Muitos investidores tratam juros e dividendos como uma renda para consumo imediato. Isso pode fazer sentido a depender dos seus objetivos, mas se o seu intuito é formar um patrimônio, o certo a se fazer é reaplicar estes benefícios.

Ainda neste contexto, a disciplina para se fazer novos aportes também não deve ser desprezada. E neste ponto há um aspecto básico de finanças que não é seguido por muitos: você deve gastar menos do que ganha!

Ter renda disponível para novos investimentos ao final de cada mês é essencial para a formação de patrimônio.

Vejamos o seguinte exemplo: um investidor aplicou R$ 10.000 em ações ordinárias da Vale (VALE3) no primeiro pregão de 2010.

Mesmo reinvestindo dividendos e juros sobre capital próprio (JCPs) advindos desta posição, mas não realizando novos aportes, o investidor teria R$ 24.229,35 ao final de 2021.

Por outro lado, caso tenha feito aportes mensais de R$ 1.000,00 na aquisição de novas ações da mineradora durante todo o período, o patrimônio acumulado teria sido de R$ 440.201,64.

Infelizmente, conceitos triviais de finanças e investimentos são pouco explorados no ensino básico brasileiro. A ideia de se investir, reinvestir e manter as suas aplicações é algo ainda muito distante para grande parte da população.

A construção de patrimônios não é uma exclusividade para pessoas com rendas mensais exorbitantes.

Portanto, tenha disciplina em seus gastos, comece a investir o quanto antes, faça novos aportes mensalmente, mantenha suas posições em momentos de estresse, reinvista juros e dividendos e deixe a composição agir!


Fonte: IBEF-ES



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