ES gasta R$ 142 mil por mês para atender a vítimas de acidentes com motos

De janeiro a junho deste ano, foram 679 internações em hospitais estaduais. Dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e do Ministério da Saúde.

Fluxo de motociclistas no ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta

O Espírito Santo gastou, em média, R$ 141,9 mil por mês, entre janeiro e junho deste ano, apenas com internações de vítimas de acidentes envolvendo motociclistas. Esse montante é referente a atendimentos realizados por hospitais da rede estadual em 679 internações. Os dados são do Ministério da Saúde.

O valor utilizado pelo governo não contempla atendimentos realizados nos Pronto Atendimentos ou Unidades Básicas de Saúde, que normalmente são geridos pelas cidades.

Em todo o ano passado, foram realizados 2.613 atendimentos a vítimas de acidentes envolvendo motos, e o gasto médio em todo o ano passado chegou a R$ 264.294,24 por mês.

O auxiliar de logística Rafael Barbosa sofreu um acidente de moto na BR-101 e teve uma perna amputada e precisou passar 30 dias internado.

"A gente dá muito mais valor à vida do que a gente dava antes. A gente começa a parar, analisar as cosias, ter mais cautela", disse Rafael.

O mês de agosto já teve alguns registros de acidentes envolvendo motos. Em um dos acidentes na ES-010, um motociclista de 40 anos bateu em uma cerca e morreu.

O fisioterapeuta David Engel disse que atende a vítimas de trânsito e que recebe, em média, quatro motociclistas por mês. A maioria dos ferimentos é na perna.

"A gravidade varia muito de acordo com o acidente. Ou, às vezes, é uma lesão leve, em membro inferior, ou muito comum ombro. Mas acontece até de a pessoa ficar em uma cadeira de rodas para o resto da vida", comentou o fisioterapeuta.

João Paulo sofreu um acidente de moto e precisou passar por duas cirurgias e segue fazendo sessões de fisioterapia — Foto: Reprodução/TV Gazeta

João Paulo sabe bem como é sofrer as sequelas de um acidente de moto. Ele já passou por duas cirurgias e fez 50 sessões de fisioterapia.

"Você desaprende a fazer coisas básicas. Você depende de alguém pra te levar no banheiro, depende de alguém para te alimentar, tomar banho. E aí a partir da sua reabilitação você vai conquistando autonomia gradativamente", contou.


Fonte: G1

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