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Miklos Grof, CEO da Company Hero Divulgação |
Fundada em 2016, a startup Company Hero tinha como foco inicial a abertura de CNPJ e formalização de profissionais autônomos. Desde então, expandiu o leque de serviços para PJs, MEIs e sócios de pequenos negócios. Agora, a empresa anunciou dois novos produtos: um 'seguro salário', voltado à proteção de renda dos profissionais em caso de afastamento, e um serviço de teleconsultas. A ambição da startup é se tornar um superapp para autônomos, com projeção de faturar R$ 30 milhões em 2023.
“Cada vez mais as pessoas trabalham como empresa, num mundo mais independente, mas com menos direitos garantidos”, aponta Miklos Grof, cofundador da Company Hero. O Brasil, por exemplo, tem 25,7 milhões trabalhando como profissionais autônomos, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2022.
A solução de proteção de renda funciona como um seguro que cobre os ganhos dos profissionais caso não possam trabalhar por mais de 15 dias devido a acidente ou doença. Segundo a startup, o objetivo é proteger os profissionais de imprevistos. Por isso, situações "preexistentes, de alto risco ou eventos que poderiam ser evitados" não têm cobertura. Entre as exceções estão afastamentos por cirurgia plástica, tratamento odontológico ou doenças ocupacionais, por exemplo.
Os pagamentos são feitos em diárias, contadas a partir do 15º dia de afastamento. O valor é definido a partir da média de ganhos do profissional nos últimos três meses e do número de dias de afastamento, com teto de R$ 9 mil mensais e 90 diárias por ano. O valor para contratar o serviço de proteção de renda varia de R$ 39 a R$ 193.
Já o novo serviço de saúde permite que os profissionais realizem teleconsultas ilimitadas com uma rede de mais de 70 mil médicos e mais de 3 mil psicólogos e nutricionistas. Nesse caso, o valor mensal varia de R$ 19 a R$ 59.
Segundo a startup, os dois serviços são oferecidos em parceria com seguradoras e redes de telemedicina.
Planos de expansão
Fundada em 2016, a Company Hero tem como fundadores o húngaro Miklos Grof, o chileno Diego Izquierdo e o brasileiro Raphael Tiseo. A motivação para abrir a empresa foi o tamanho do mercado de trabalhadores informais – que chegava a 10 milhões no país em 2016 – e o desejo de gerar um impacto global a partir do Brasil. Cada um dos sócios investiu R$ 95 mil no início do negócio.
Desde 2018, a empresa atendeu mais de 100 mil profissionais, com serviços como abertura de CNPJ, registro de marca e compra de endereços virtuais, que podem ser registrados no CNPJ, receber correspondências e disponibilizar espaço para reuniões. A startup hoje tem uma equipe de 110 funcionários.
Grof afirma que já tem cerca de 20 novas soluções desenvolvidas com foco nesses profissionais, mas não revela detalhes. A ideia, segundo ele, é integrar todos os serviços em um só local. “Estamos nos estruturando para ser o primeiro superapp que atua com as necessidades desse grupo”, diz.
Após registrar um faturamento de R$ 15 milhões em 2022, o objetivo da startup é chegar a R$ 30 milhões neste ano e R$ 60 milhões em 2024.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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