É fundamental que diante de qualquer sinal de alteração do ciclo, como sangramento fora de época, por exemplo, a paciente busque o atendimento o quanto antes
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O que fazer quando surge aquela dúvida se o seu dispositivo intrauterino está mesmo no lugar correto? Uma coisa é fato, são inúmeras as dúvidas sobre o DIU. Para quem ainda não conhece, trata-se de um método contraceptivo é formado por uma haste flexível em forma de 'T', que é inserido no útero, prevenindo a gravidez.
Segundo a médica ginecologista Thaissa Tinoco, é importante destacar que após colocar o DIU, a mulher é submetida a um exame de ultrassom endovaginal para averiguar a posição em que ele está. O primeiro retorno para uma nova avaliação deve acontecer dentro de 6 meses.
Existe algum 'truque' para saber se o DIU está fora do lugar?
Então... O que fazer quando surge aquela dúvida se o seu dispositivo intrauterino está mesmo no lugar correto? Primeiramente, é por meio de um acompanhamento médico adequado que isso é seguramente possível.
"Nesses intervalos a mulher pode observar como o próprio corpo vem reagindo. Quando ele está fora do lugar, há sangramento e dores na relação sexual, na maioria dos casos", alerta a médica.
Mas existem também mulheres que não sentem esse deslocamento. Neste caso, a avaliação periódica torna-se ainda mais importante.
É fundamental que a diante de qualquer sinal de alteração do ciclo, como sangramento fora de época, ou seja, qualquer coisa de diferente, a paciente busque o atendimento o quanto antes.
"Existem algumas orientações que falam pra mulher sempre se tocar para ver como está a cordinha do DIU no canal vaginal e que quando ela está mais longa, o dispositivo pode ter saído do lugar. Eu não costumo orientar isso, mas um fio grande na vagina pode ser um indicativo de que o DIU desceu, ou saiu do lugar", explica.
Thaissa lembra também que esse tipo de 'avaliação', por meio do toque, pode atrapalhar a colocação do DIU feita anteriormente. Um outro ponto importante é saber que o DIU se deslocar é algo raro. Um outro quesito é a eficácia do método.
"A taxa de eficácia é muito alta. Existem dois tipos de DIU. O hormonal e o de cobre. No caso do hormonal, o risco de gravidez é de 0,2%, ou a cada 1000 mulheres, duas gestações. Já o DIU de cobre, 0,7%, ou a cada 1000 mulheres, sete gestações", afirma.
A ginecologista destaca também que a opção com hormônio é um pouco mais segura por que mesmo que ele se desloque, vai liberar o hormônio, dificultando a chance de uma possível gravidez. Caso o dispositivo de cobre se desloque, a mulher acaba ficando sem a proteção.
Pílula X DIU: um método é melhor que o outro?
Você deve estar se perguntando: o que fazer? De acordo com a especialista, ao decidir adotar um método contraceptivo, a mulher deve sempre procurar um ginecologista. O método a ser escolhido dependerá do histórico de cada paciente.
"Não existe um método melhor que o outro. O que existe mesmo é aquele com o menor efeito colateral possível. Aquele em que a paciente fique bem e isso depende muito de mulher para mulher. Mulheres com endemoetriose, por exemplo, com quadros de muita dor, cólicas, não é recomendado o DIU de cobre", diz a ginecologista.
A pílula anticoncepcional ainda é a opção número um de grande parte das mulheres em todo o país. A facilidade de troca, em casos de dificuldade na adaptação, está entre os motivos. Mas é preciso dizer que o Diu tem sim ganhado cada vez mais espaço.
Após colocação, o DIU de cobre dura 10 anos e custa em média, R$ 300. O DIU hormonal dura a metade do tempo, 5 anos, e custa por volta de R$ 1000.
Fonte: Folha Vitória