Britânico Ian Wilmut havia sido diagnosticado com o Mal de Parkinson
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Ian Wilmut liderou equipe que clonou a ovelha Dolly — Foto: AFP
O cientista britânico que liderou a equipe que criou a ovelha Dolly, um avanço na clonagem, morreu aos 79 anos, informou sua antiga universidade nesta segunda-feira (11).
Ian Wilmut, que revelou em 2018 ter sido diagnosticado com doença de Parkinson, liderou a equipe do Instituto Roslin da Universidade de Edimburgo, na Escócia, que clonou Dolly em 1996.
Dolly foi o primeiro mamífero a ser clonado a partir de uma célula adulta, e a descoberta ganhou manchetes globais e levou a novos avanços na investigação animal e médica.
Peter Mathieson, vice-reitor da Universidade de Edimburgo, saudou Wilmut como "um titã do mundo científico", cujo trabalho de clonagem de Dolly "transformou o pensamento científico da época".
"Este avanço continua a alimentar muitos dos avanços que foram feitos no campo da medicina regenerativa que vemos hoje", disse ele, num comunicado.
Bruce Whitelaw, atual chefe do Instituto Roslin, disse que a perda era uma "notícia triste".
Wilmut aposentou-se da Universidade de Edimburgo em 2012. Mas, em 2018, ele anunciou apoio a novas pesquisas sobre Parkinson, revelando que havia sido diagnosticado com o distúrbio cerebral progressivo e incurável que pode causar movimentos incontroláveis, como tremores.
"Bem, pelo menos agora sabemos e podemos começar a fazer coisas a respeito", disse Wilmut à BBC na época. "Assim como, obviamente, a decepção de que isso possivelmente encurtará um pouco a minha vida e, mais particularmente, alterará a qualidade de vida."
O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum depois do Alzheimer e afeta mais de 8,5 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Fonte: O Globo
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