Preventivo: qual a importância do exame para o diagnóstico do câncer ginecológico?


Oncologista destaca que o acompanhamento, ao menos uma vez por ano, com ginecologista, é o primeiro passo para evitar a doença

Foto: Reprodução/Freepik @rawpixel.com

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que a cada ano do triênio 2023-2025, mais de 30 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer ginecológico: um conjunto de doenças que abrange o sistema reprodutivo feminino, em órgãos e regiões como colo de útero, endométrio, ovários, vagina e vulva.

Os tumores no colo no útero, por exemplo, somam mais de 17 mil casos anuais. É o terceiro câncer mais incidente nas mulheres. Para destacar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, foi criada a campanha Setembro em Flor, do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA).

A oncologista Juliana Alvarenga Rocha destaca que o acompanhamento, ao menos uma vez por ano, com ginecologista, é o primeiro passo para evitar a doença e até mesmo para tratar o câncer precocemente aumentando as chances de cura.

“O Papanicolau é um dos exames mais comuns para fazer o rastreio do câncer de colo de útero. Toda mulher a partir de 25 anos ou que já iniciou a vida sexual deve fazer. Se for identificada alguma alteração no exame, a paciente é submetida a uma colposcopia, que localiza a área alterada para uma possível biópsia”, descreve.

Estar atenta ao próprio corpo e aos sinais que ele apresenta é muito importante. Conheça alguns sintomas do câncer ginecológicos:

- Dor pélvica ou pressão abaixo do umbigo;

- Dores intensas e persistentes na parte inferior das costas;

- Sangramento vaginal anormal;

- Febre, com duração superior a 7 dias;

- Dores de estômago ou alterações intestinais;

- Anormalidades na vulva e na vagina, como feridas, bolhas ou alteração de cor;

- Alterações na mama, como dor, secreção, nódulos, vermelhidão ou inchaço.
Infecção por HPV

Aproximadamente 90% dos casos de câncer de colo do útero estão associados a subtipos do vírus do papiloma humano (HPV), que é transmitido principalmente por meio de relações sexuais. Prevenir a infecção pode significativamente reduzir o risco de desenvolver câncer.

Para alcançar isso, é importante praticar relações sexuais sempre com o uso de preservativo.
“A vacina contra o HPV também é uma forte aliada. Ela está disponível no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para pacientes com HIV, câncer ou transplantados”, afirma Juliana.


Tratamento

O câncer ginecológico pode ser tratado de diversas maneiras, dependendo do tipo da doença, sua localização e se há metástases. Geralmente, a eliminação do tumor inclui cirurgia ginecológica, quimioterapia e/ou radioterapia.

“O tratamento cirúrgico, geralmente, entra como o elemento principal, pois a remoção do tumor e de possíveis metástases eleva significativamente a chance de cura e aumenta a sobrevida da paciente”, descreve a oncologista.

Vale reforçar que as chances de o tratamento eliminar completamente o tumor são maiores se ele for descoberto nos estágios iniciais.


Fonte: Folha Vitória 



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