Família acha tesouro viking de mais de mil anos ao procurar brinco no quintal

Família procurava por brinco perdido em quintal, mas acabou encontrando tesouro viking — Foto: Kulturarv i Vestfold og Telemark fylkeskommune/Facebook

Ao usar um detector de metais para encontrar um brinco de ouro que havia sido perdido no quintal de casa, uma família norueguesa teve uma enorme surpresa: a busca revelou um tesouro viking de 1,2 mil anos que estava enterrado no local.

A descoberta inesperada, que aconteceu na ilha de Jomfruland, foi divulgada em 25 de setembro no Facebook pelo Patrimônio Cultural no Condado de Vestfold e Telemark, na Noruega.

"Houve assentamentos ao longo de muitos anos na ilha de Jomfruland, mas as evidências disso remontam apenas à Idade Média inicial, embora se acredite que tenha sido habitada também na época dos vikings", afirma a publicação.

A postagem ainda relata que a família Aasvik encontrou o tesouro viking assim que ligou o detector de metais em sua casa. "Parabéns a eles por sua primeira descoberta da Era Viking em Jomfruland! E, acima de tudo, eles agiram corretamente ao nos contatar rapidamente", afirma o post.

Broches encontrados no quintal da família na Noruega — Foto: Kulturarv i Vestfold og Telemark fylkeskommune/Facebook

Segundo a autoridade de patrimônio cultural, o tesouro é composto por uma fivela em forma de tigela muito bem preservada e outro objeto que correspondia em datação e estilo. O local do achado provavelmente era um túmulo de mulher, sendo que a falecida foi enterrada lá possivelmente por volta do século 9.

Os artefatos vikings foram descobertos depois que um sinal sob uma grande árvore foi detectado atrás da casa da família Aasvik, conforme o Live Science. A arqueóloga do Conselho do Condado de Vestfold e Telemark, Vibeke Lia, disse ao site que os itens podem ser as primeiras descobertas da Era Viking (793 a 1066 d.C.) na ilha de Jomfruland, confirmando que as pessoas viveram lá naquela época.

Quintal contém o possível túmulo de uma mullher viking aristocrática — Foto: Kulturarv i Vestfold og Telemark fylkeskommune/Facebook

Anteriormente, vários montes de pedras soltas, conhecidos como "moledros", foram encontrados no sudoeste de Jomfruland, segundo Lia. Pesquisadores acreditaram que essas pilhas podiam ter sido feitas na Era Viking para reivindicar a terra e a rota marítima próxima, mas registros históricos não mencionavam a existência de pessoas na ilha norueguesa nesse período.

A nova descoberta, que parece ser o túmulo de uma aristocrata, agora sugere que os moledros foram feitos por vikings.

Quintal de família na Noruega onde foi encontrado o tesouro viking — Foto: Kulturarv i Vestfold og Telemark fylkeskommune/Facebook

A fivela encontrada no quintal dos Aasviks é um broche em forma oval que teria sido usado pela mulher em um vestido de alça, de acordo com a arqueóloga. "Eles vêm em pares, um para cada alça; então deve haver outro lá", ela supõe.

O outro objeto encontrado foi mais difícil de identificar, mas os arqueólogos determinaram que também era um broche, com formato circular. Lia disse que moldes para tais acessórios foram achados em sítios arqueológicos na cidade viking inicial de Ribe, na Dinamarca, fundada no século 6. No entanto, as decorações no broche recém-descoberto sugerem que ele foi feito no século 9.

Os broches do quintal da família eram decorados com gravuras de animais e padrões geométricos. Ambos são feitos de bronze e têm vestígios de ouro, segundo a especialista.

O fato de os itens estarem em um quintal em vez de em uma fazenda, onde muitas outras relíquias são encontradas, pode ter ajudado a preservá-los. "Eles estão em muito boas condições em comparação com a maioria das descobertas feitas com detectores de metal que recebemos, porque este local nunca foi arado", disse a especialista.

Lia não tem certeza se haverá escavações no futuro, pois o túmulo poderá ser isolado para conservação. "O próximo passo é avaliar se este local está em perigo de deterioração", disse a pesquisadora. "Se estiver seguro lá, provavelmente não será escavado, mas preservado onde está".

Fonte: Galileu


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