A previsão de fortes chuvas durante o feriado desta quinta-feira (12) em Santa Catarina se concretizou e muitas cidades amanheceram e seguem sob fortes temporais ao longo do dia. As regiões do Vale do Itajaí, Serra, Sul e Grande Florianópolis são as mais atingidas e devem chegar a 100 milímetros.
Após dois dias mais amenos, os temporais dão continuidade ao cenário de alerta que o estado vive desde 3 de outubro, quando as chuvas mais fortes começaram.
Desde então, foram duas mortes e mais de 12 mil desabrigados. A Defesa Civil informou que atualmente são 111 cidades com decretos municipais de situação de emergência.
O governo do estado publicou edição extraordinária do Diário Oficial na quarta-feira (11) informando que são 161 cidades em situação de emergência. A Defesa Civil, porém, esclareceu que o número maior é referente a todas os municípios com decreto, independente da situação das chuvas, e que podem contemplar outras situações emergenciais, como obras.
A previsão meteorológica alerta ainda para a possibilidade de chuva forte, com enxurradas, alagamentos e deslizamentos de terra.
A média esperada para todo o mês de outubro é de até 230 milímetros, conforme a Epagri/Ciram, órgão que monitora as condições meteorológicas no território catarinense. Em algumas cidades do Vale do Itajaí já choveu mais de 300 milímetros (confira o acumulado abaixo).
Confira a situação nesta quinta-feira em algumas cidades das regiões catarinenses:
Vale do Itajaí
Blumenau, terceira cidade mais populosa do estado, entrou em "quadro de enchente" durante a manhã. O nível do Rio Itajaí-Açu deve superar os 8 metros, patamar considerado para cheia.
Para alertar os moradores, durante a madrugada, um veículo da Defesa Civil acionou sirenes e avisos de emergência nas ruas para avisar a população.
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Blumenau, no Vale do Itajaí, sofre com a alta do Rio Itajaí-Açu — Foto: Felipe Sales/NSC |
Em Taió, cidade que registrou o maior volume de chuvas no estado neste mês, a prefeitura anunciou decreto de calamidade pública e chegou a orientar os moradores a deixarem as duas casas, inclusive as famílias que vivem no segundo andar de residências.
Por causa dos novos riscos de alagamentos e facilitar a logística de mantimentos, os abrigos da cidade foram esvaziados e as famílias atingidas realocadas para o município vizinho de Pouso Redondo.
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Casa da moradora de Taió ficou quase toda submersa — Foto: Arquivo pessoal |
Norte
Na região, o cenário mais preocupante é em Mafra, que sofre com a alta do Rio Negro, que superou os 10 metros. Nas áreas mais baixas da cidade, os moradores precisaram ser retirados e o total de desalojados supera os 520.
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Mafra, no Norte de SC, sofre com a cheia do Rio Negro — Foto: NSC TV/Reprodução |
Fonte: G1

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