Multidão percorre ruas de Belém na Grande Procissão do Círio de Nazaré neste domingo, 8

Há expectativa sobre a corda que liga a berlinda de Nossa Senhora aos promesseiros, já que houve problemas na romaria de sábado à noite. Diretoria garante que situação não deve se repetir na Grande Procissão.

Círio de Nazaré: Berlinda com a ornamentação que será usada neste domingo aguarda por fim da missa — Foto: Marcus Passos/g1

Belém tem outro cheiro e clima todo segundo domingo de outubro - é o dia da Grande Procissão do Círio de Nazaré, que costuma reunir cerca de duas milhões de pessoas nas ruas da "cidade das mangueiras". A multidão se une para acompanhar a berlinda da Catedral Metropolitana até a Basílica Santuária de Nazaré, percurso de 3,6 quilômetros.

A missa antecede a procissão às 6h. Os fieis acompanham tudo na Praça Frei Caetano Brandão, no centro histórico de Belém antes de seguir a caminhada.

Enquanto isso, o trajeto da procissão já é tomada desde a madrugada por fiéis que pagam suas promessas à Nossa Senhora de Nazaré - muitos vão ajoelhados até a Basílica, com ajuda de muitos voluntários.

A solidariedade também já começa desde cedo. Muitos já organizam as garrafinhas de água usadas molhar e dar de beber aos romeiros - como são chamados os fiéis que acompanham a romaria.

Um dos pontos altos de devoção no Círio de Nazaré é a corda. Na noite de sábado (7), procissão que faz o caminho inverso da Grande Romaria, a Trasladação teve problemas com um dos principais elementos da festividade católica, considerada a maior do mundo.

Aneis de atrelamento da corda romperam logo no início da "romaria das luzes", o que atrasou a procissão em cerca de 45 minutos. O problema fez com que a Diretoria da Festa de Nazaré desatrelasse a corda e andasse com a berlinda o mais rápido que pôde para chegar no tempo previsto - por volta das 22h30.

Círio de Nazaré 2023: Corda usada na procissão está no chão enquanto ocorre a missa na praça da Sé — Foto: Marcus Passos/g1

Na manhã deste domingo, a expectativa era grande acerca da corda, já que esta é a primeira vez que ela foi totalmente produzida no Pará.

O diretor de procissões do Círio, Antônio Sousa, informou que o problema não foi com a corda e sim com as anilhas que prendem a corda às estações. Ele disse que a estrutura foi reforçada para o Círio a fim de evitar o que aconteceu na Trasladação.

"A corda foi toda testada, não tinha problema nenhum, o problema foi que o nó feito nas anilhas, que a gente chama de argola, que se atrela nas estações, esse nó que foi desfeito durante a procissão. Nós tentamos reforçá-los, mas não deu muito resultado, mas seguimos com a procissão normalmente e hoje nós já tomamos as providências devidas para que não ocorra a mesma situação. A corda em si não foi rompida, foi na realidade um atracamento da argola com as estações que ele se desprendeu", disse.

"Hoje nós já fizemos a madrugada toda trabalhando para reforçar esses detalhes. Temos certeza que no Círio não vai haver qualquer problema"', afirmou.

Círio de Nazaré: Praça da Sé está repleta de fieis que acompanham a missa antes da procissão — Foto: Marcus Passos/g1

Círio de Nazaré 2023: Missa que antecede grande procissão do Círio ocorre na Praça da Sé — Foto: Marcus Passos/g1

Na caminhada, a multidão tem um desafio: enfrentar temperaturas de até 37 ºC previstas para este domingo. O major Jair Barbosa, do Corpo de Bombeiros, disse que já início da manhã houve pessoas passando mal e sendo atendidas pela Cruz Vermelha.

"O Corpo de Bombeiros está com uma área provisional que cobre desde a Catedral até a Basílica de Nazaré. Nosso efetivo potencializa as necessidades das ações que vão acontecer ao longo do trajeto, estamos com equipes tanto na retirada por veículos terrestres quanto com embarcações ao longo da parte de percurso que envolve a parte de rio".

Fonte: G1

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