Carolyn Bester descobriu a verdade sobre o seu pai biológico após fazer um teste ancestralidade. Entenda!
Um médico norte-americano está sendo acusado de usar o próprio esperma para engravidar pacientes em sua clínica. Em 1979, Sarah Depoian procurou o especialista em fertilidade Merle Berger para realizar seu sonho de ter um bebê. Na época, ele garantiu que o esperma vinha de uma doação anônima, informou o tabloide inglês Metro.
Após a inseminação artificial, Sarah deu as boas-vindas a sua filha Carolyn Bester em 1981. No entanto, anos depois, Carolyn, hoje com 42 anos, acabou descobrindo que seu pai biológico era o médico que realizou a técnica de reprodução assistida em sua mãe, segundo informações de uma ação movida no Tribunal Distrital de Massachusetts, nos Estados Unidos.
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Adam Wolf, advogado que representa Sarah Depoian, disse que o médico sabia que não estava tendo uma conduta ética. “Algumas pessoas chamam este ato horrível de estupro médico, mas independentemente de como você o chame, a má conduta hedionda e intencional do Dr. Berger é antiética, inaceitável e ilegal”, o advogado destacou.
A descoberta
A verdade começou a ser revelada quando Carolyn decidiu fazer um teste de ancestralidade para saber mais sobre suas origens, informou a emissora norte-americana NBC News. Os resultados não mostraram uma correspondência direta com Merle Berger, mas apontaram uma relação da norte-americana com uma neta e um primo em segundo grau dele. Após um dos familiares entrar em contato, Carolyn começou a juntar as peças do quebra-cabeça. “Dizer que fiquei chocada quando descobri isso seria um eufemismo extremo. Parece que a realidade mudou”, disse ela, que mora em Nova Jersey (EUA). "Minha mãe confiou no Dr. Berger como profissional médico durante um dos momentos mais vulneráveis de sua vida. Ele tinha todo o poder e ela nenhum", acrescentou.
Na ação, Sarah busca ser indenizada pelo sofrimento que sofreu ao descobrir a verdade sobre a conduta do médico. "Confiamos totalmente no Dr. Berger. Ele era um profissional médico. É difícil imaginar não confiar no seu próprio médico”, ressaltou a norte-americana, que mora no Maine, nos Estados Unidos. "Nunca sonhamos que ele abusaria de sua posição de confiança e cometeria essa violação extrema".
Ian Pinta, advogado de Merle Berger, descreveu o cliente como um pioneiro no campo da fertilidade, sendo um profissional que ajudou muitas mulheres que queriam engravidar. “As alegações dizem respeito a acontecimentos ocorridos há mais de 40 anos, nos primeiros dias da inseminação artificial”, disse Pinta em uma declaração escrita. As alegações, que mudaram repetidamente nos seis meses desde que o advogado do demandante contatou pela primeira vez o Dr. Berger, não têm mérito legal ou factual e serão refutadas em tribunal". Um porta-voz da Clínica de Fertilidade de fertilização in vitro de Boston, que Berger ajudou a fundar, também alegou que a situação citada no processo ocorreu antes do emprego de Berger na clínica e antes mesmo de a empresa existir.
Fonte: Revista Crescer