Venezuelana pediu ajuda para comprar celular novo e foi vítima de latrocínio


Julieta Hernández teve aparelho roubado por um casal, foi abusada pelo homem, queimada pela mulher e enterrada por ambos


A artista venezuelana Julieta Hernandes, encontrada morta no Amazonas, conta com mais de 10 mil seguidores no Instagram, onde pediu ajuda para comprar um celular novo em publicações feitas a partir do início de dezembro.

Julieta fez uma série de seis vídeos para divulgar a campanha “1 celular para o Natal” e adquiriu um novo aparelho após receber doações.

Um casal foi preso pela Polícia Civil do Amazonas na noite da sexta-feira (5), suspeito de envolvimento no assassinato da artista, que estava desaparecida desde o dia 23 de dezembro. Informações do delegado responsável pelo caso apontam que ela teria sido cometido por conta do roubo do celular da artista, aliado a uma briga do casal por ciúmes.

Nas redes sociais, Julieta se apresentava como migrante nômade, bonequeira, palhaça e viajante de bicicleta. Ela estava no Brasil desde 2016, viajava de bicicleta há quatro anos e estava pedalando de volta a Venezuela, seu país de origem.


Em seu perfil, ela explicou por qual razão precisa de um novo telefone.

“Já faz mais de nove meses desde que perdi o meu celular. Estou com um velhinho de tela quebrada, que realmente me ajudou muitíssimo a me manter comunicada, mas está sendo muito difícil desenvolver os trabalhos que precisam de divulgação”, escreveu a artista.

Sua última atividade nas redes sociais foi no dia 16 de dezembro, quando publicou três posts de agradecimento pelo apoio dos seguidores. Na ocasião, ela fez um vídeo em “time-lapse”, com a imagem acelerada e agradeceu pela conquista do celular novo.

“Sempre quis fazer estes vídeos acelerados, clássicos de cicloviajantes deste mundão…”, escreveu.

“Obrigada por compartilhar, curtir, doar seu tempo ou seus pixes para este projeto de vida que me movimenta e que sou. Gratidão, gracias, obrigada!!!! Vocês sabem quem são, eu amo e envio um abraço para cada!”, agradeceu pelo sucesso da campanha.

A ideia da artista era comprar o telefone na capital amazonense. “Estou chegando a Manaus, zona Franca e última cidade grandona onde estarei antes de mergulhar na Venezuela”.

O corpo da artista foi encontrado no dia 5 de janeiro em Presidente Figueiredo, a 117 quilômetros de Manaus.


Fonte: CNN Brasil



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