Agressora de comerciante judia se diz arrependida: “Peço desculpa”

 

A agressora está proibida de se aproximar da comerciante ou de frequentar a loja e deve se apresentar bimestralmente à Justiça

 
A agressora de uma comerciante judia, em Arraial d’Ajuda, Porto Seguro (BA), na sexta-feira (2/2), foi proibida de se ausentar do município sob pena de prisão preventiva. As imagens do momento da agressão viralizaram nas redes sociais.

Durante a agressão, a judia chegou a ser chamada de “assassina de crianças” e teve parte de sua loja depredada. A chilena Ana Maria Leiva Blanco afirmou estar arrependida e que teve um surto, em entrevista ao Fantástico.

Assinada ainda no sábado (3/2), a medida cautelar determina que, além de não poder deixar o município, a mulher está proibida de se aproximar da comerciante ou de frequentar loja e ainda deve se apresentar bimestralmente à Justiça durante seis meses.

De acordo com a lojista, Herta Breslauer, as duas se conheciam: a chilena é amiga de infância de seu filho. A vítima afirmou que, desde o início do conflito entre Israel e Hamas, Ana Maria passou a compartilhar mensagens antissemitas e contrárias a Israel. Com isso, Herta decidiu bloqueá-la nas redes sociais.

Entretanto, na sexta-feira (2/1), Ana Maria foi até a loja em que a judia trabalha para enfrentá-la. A comerciante publicou um vídeo nas redes sociais, depois de realizar um boletim de ocorrência. 


Agressora se diz arrependida

Ao Fantástico, Ana Maria disse ser apoiadora da causa palestina e que a agressão aconteceu depois de ter sido chamada de terrorista. Ainda para a emissora, a mulher se disse arrependida.

“Eu me arrependo muito. Isso aqui não tem nada a ver com intolerância religiosa, tem a ver com uma coisa política. Ela pensa de um jeito eu penso de outro, e ela quer que eu pense do jeito dela”, afirmou.

“Se alguma pessoa do povo judeu se sentiu ofendida com as minhas palavras, eu peço desculpa”, disse Ana Maria que contou fazer uso de remédios controlados e ter tido um surto ao entrar na loja de Herta.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia instaurou um inquérito e Ana Maria deve responder por dano qualificado, lesão corporal e injúria racial. A Polícia Civil da Bahia investiga a agressão.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Sociedade Israelita da Bahia emitiram uma nota de repúdio: “Uma agressão covarde, antissemita, que deve ser investigada como crime de ódio e seguir o seu devido processo legal. A Conib vem pedindo moderação e equilíbrio às nossas lideranças para não importarmos o trágico conflito em curso no Oriente Médio”, afirmam as entidades.”
 
Fonte: Metrópoles 




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