Quem era a fisioterapeuta capixaba que morreu durante voo para o Japão


Flávia Rezende, 45 anos, teria sofrido uma embolia durante o voo para Tóquio. Ela chegou a receber atendimento dentro do avião, mas não resistiu.

Flávia Rezende, 45 anos, morreu durante voo entre o Brasil e Japão — Foto: Reprodução/Redes sociais

A fisioterapeuta brasileira Flávia Rezende, que morreu dentro de um avião durante viagem para o Japão tinha 45 anos e morava em Vitória. A morte dela foi confirmada por familiares ao Conselho Regional de Fisioterapia Ocupacional (Crefito-ES) na manhã desta terça-feira (12). Segundo familiares, a causa da morte teria sido uma embolia. Ela passou mal durante o voo, chegou a receber atendimento ainda na aeronave, mas não resistiu.

Flavia morava na Ilha do Boi, em Vitória, junto com os pais, não era casada e não tinha filhos. Ela estava com uma prima no voo. Elas passariam uns dias no Japão, a passeio.

Nas redes sociais, Flávia postava várias fotos em viagens, com amigos e familiares. Segundo amigos próximos, ela também era uma pessoa dedicada à igreja e era ministra na Paróquia de São Pedro, na Praia do Suá, na Capital.

"Flávia era ministra de Eucaristia da Paróquia São Pedro. Participava das celebrações e das missas, distribuía a sagrada comunhão, era atuante na comunidade", informou a igreja.

Flávia Rezende, 45 anos, morreu durante voo entre o Brasil e Japão — Foto: Reprodução/Redes sociais

Amigos disseram que ela começou a faculdade de Fisioterapia em 2001, numa faculdade privada em Vila Velha, na Grande Vitória.

O falecimento aconteceu durante o voo entre Brasil e Tóquio, depois que Flávia começou a passar mal. Uma familiar da vítima, abalada, confirmou o óbito, mas preferiu não dar detalhes.

O Conselho Regional de Fisioterapia Ocupacional (Crefito-ES) informou que Flávia Rezende era regularmente inscrita no conselho e disse que se solidariza com a família.

Flávia Rezende, 45 anos, morreu durante voo entre o Brasil e Japão — Foto: Reprodução/Redes sociais

Em nota divulgada no fim da tarde desta terça-feira (12), disse que "lamenta profundamente a trágica morte da fisioterapeuta Flávia Rezende, ocorrida durante um voo entre o Brasil e o Japão. A diretoria do conselho já fez contato com sua família, colocando a autarquia à disposição para auxiliar no que for possível", escreveu Carlos Henrique Nunes da Costa, presidente do conselho.

Colegas de profissão disseram que Flávia Rezende era muito conhecida, se formou em 2006. A coordenadora do curso de Fisioterapia da universidade onde Flávia se formou, em Vila Velha, descreveu a docente como uma "excelente pessoa e aluna".

"Comprometida com a formação acadêmica e muito participativa. Dedicada, construiu uma carreira profissional exemplar. Lamento muito a perda", disse Patricia Caldeira.

Flávia Rezende em entrevista à TV Gazeta. — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Em 2010, a fisioterapeuta deu uma entrevista à TV Gazeta, com orientações e exercícios para a coluna e para manter boa postura.

O Ministério das Relações Exteriores, por meio de sua rede consular no Japão, permanece à disposição para prestar a assistência consular cabível.

Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.


Saiba mais sobre a trombose

De acordo com o médico angiologista José Marcelo Corassea, a trombose é a formação de um coágulo de sangue endurecido. A embolia pulmonar, por exemplo, acontece quando esse coágulo se desloca e vai parar no pulmão. Dependendo do tamanho do coágulo, a consequência é igual a de uma parada cardíaca, e pode ser fatal.

Segundo o angiologista, algumas pessoas estão mais propensas a ter trombose e devem ter um cuidado especial, entre elas estão pessoas acamadas ou imobilizadas; pessoas obesas; pessoas que fizeram ou fazem câncer; que fazem reposição hormonal; que tiveram covid-19 e mantiveram D dímero elevado; idosos; entre outros.

Quando uma pessoa faz uma viagem longa, como no caso de Flávia, ficar muito tempo na mesma posição deixa o sangue lento, o que aumenta o risco da trombose.

"Tem gente que toma remédio para dormir, passa a viagem inteira sem se mexer, sem se hidratar, o que piora a situação. A orientação é se mexer, se hidratar, tentar não tomar remédio para dormir - para não contribuir em ficar muito tempo parado".

Dependendo do antecedente, acima de 1h já é preciso começar a ter cuidados. "Fazer uma avaliação antes de viajar para ver o seu risco também é importante. Usar meia elástica sem orientação, sem saber o tamanho, como é comum as pessoas fazerem, pode não ser eficaz", encerrou Corassa.


Fonte: g1 ES


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