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Jornalista Sérgio Cabral foi um dos maiores pesquisadores da música brasileira — Foto: Reprodução/ TV Globo |
Morreu na manhã deste domingo (14) o jornalista Sérgio Cabral. Ele tinha 87 anos e também era escritor, compositor e pesquisador da música brasileira. Sérgio era pai do ex-governador Sérgio Cabral Filho, que confirmou a informação nas redes sociais.
Sérgio Cabral estava internado em um hospital do Rio.
“Ele resistiu por 3 meses. Peço que orem por ele, pela alma dele. Por tudo o que ele fez no Rio de Janeiro e no Brasil. Pela música e pelo futebol, pela família linda que ele construiu", informou o ex-governador em uma rede social.
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Sérgio Cabral no desfile da escola Em Cima da Hora, no carnaval de 2014 — Foto: Alexandre Durão/G1 |
Carioca de Cascadura, vascaíno e grande entusiasta do samba, criou, entre outras obras, o musical "Sassaricando - E o Rio inventou a marchinha", junto com a historiadora Rosa Maria Araújo.
“Trabalho com o samba. Trabalho e gosto. Com o samba, com a música popular, com o futebol. Com as coisas bem cariocas”, disse Sérgio Cabral em uma entrevista na década de 1980.
Sérgio Cabral começou a carreira aos 20 anos no jornal Diário da Noite, como estagiário. O jornalista começou a escrever sobre música no Jornal do Brasil.
Como jornalista, foi um dos fundadores de "O Pasquim" e chegou a ser preso na ditadura devido à sua atuação no jornal. Ele foi convidado pelo jornalista Tarso de Castro e pelo cartunista Jaguar a integrar a equipe em 1969, durante o momento mais duro da ditadura militar. Por conta disso, foi perseguido e chegou a ficar preso por dois meses.
Como escritor, publicou as biografias de Tom Jobim, Pixinguinha, Nara Leão, Grande Otelo, Ataulfo Alves e Eliseth Cardoso.
Também já teve atuação política na capital fluminense. Por três vezes, foi vereador do Rio – de 1983 a 1993. Foi ainda conselheiro do Tribunal de Contas do Município, até 2007, quando se aposentou.
Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre velório e enterro.
Fonte: G1