Um empresário, identificado como Thiago Osmar Peichinho Mageste, foi condenado pela Justiça a 2 anos, 11 meses e 22 dias de detenção em regime semiaberto pelos crimes de lesão corporal, dano qualificado e desacato.
O caso ocorreu na madrugada de 29 de novembro de 2020, quando Thiago agrediu brutalmente um entregador de lanches, após um atraso na entrega do pedido. Além das agressões, o empresário também desacatou policiais militares que atenderam à ocorrência.
De acordo com o processo, a vítima foi recebida com xingamentos pelo réu devido ao atraso na entrega do lanche. Ao tentar se afastar da situação, o entregador foi perseguido por Thiago, que o derrubou no chão e passou a desferir socos, chutes e um golpe conhecido como mata-leão. A vítima sofreu lesões na cabeça, no peito, nas costas e nas mãos. Testemunhas intervieram para interromper a agressão.
Durante o ataque, o réu chutou e empurrou a motocicleta do entregador, que caiu ao chão e sofreu diversos danos, conforme laudo pericial. Humberto ficou duas semanas sem poder trabalhar, resultando em prejuízos financeiros.
Após a chegada da Polícia Militar, o empresário, que havia retornado ao seu apartamento, começou a xingar e ameaçar os agentes de segurança da varanda de seu prédio. De acordo com o depoimento dos policiais, os xingou e afirmou que usaria sua influência e dinheiro para forçar a transferência dos agentes para uma área rural.
Segundo os autos, o réu declarou: "Vocês não sabem com quem estão mexendo. Se quiserem, me processem. Tenho dinheiro e, se quiser, compro duas motos. Se me tirarem daqui, vai ser na base da porrada".
Diante da gravidade das ameaças, o empresário foi preso em flagrante, mas posteriormente obteve liberdade provisória mediante fiança.
A Justiça considerou as provas apresentadas, incluindo laudos médicos e testemunhos, e rejeitou a alegação da defesa de que o réu teria agido em legítima defesa. A juiza destacou que o crime foi motivado por um motivo fútil e que houve excesso de violência.
O réu ainda pode recorrer da decisão.
Da Redação / Com informações ES Fala