Ryann Hícaro Filipino Germano da Silva, de 18 anos, foi preso na noite de quinta-feira (6). Jonathan Rosa de Oliveira foi agredido com chutes e socos na cabeça por um grupo em Piúma.
Técnico de enfermagem Jonathan Rosa de Oliveira, de 33 anos, foi espancado até a morte em praia de Piúma, no Sul do Espírito Santo — Foto: Reprodução/TV Gazeta
A Polícia Militar prendeu na noite dessa quinta-feira (6) um dos suspeitos de ter espancado até a morte o técnico de enfermagem Jonathan Rosa de Oliveira, de 33 anos. A vítima foi encontrada morta na areia da praia Central de Piúma, no litoral Sul do Espírito Santo, na madrugada do mesmo dia.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar, Ryann Hícaro Filipino Germano da Silva, de 18 anos, tentou fugir, mas foi detido pelos policiais.
Ainda de acordo com o documento, o print de uma conversa por aplicativo revelou que o técnico de enfermagem se prostituía e vendia drogas no mesmo ponto em que o suspeito preso, o que provocou a briga e fez com que a vítima fosse espancada até a morte.
O técnico de enfermagem foi agredido com chutes e socos na cabeça por um grupo que chegou ao local.
Prisão
O boletim narrou que policiais receberam informações de que um suspeito de matar o técnico de enfermagem estaria escondido na casa do avô, no Centro da cidade.
Quando os policiais chegaram à residência, encontraram a namorada do suspeito, que afirmou que o jovem não estava no local. Mas minutos depois, os policiais ouviram barulhos e viram o jovem pulando o muro nos fundos da casa.
O documento informou ainda que os policiais chamaram reforço e realizaram uma perseguição pelas ruas da cidade, até que encontraram o suspeito escondido em uma escada de acesso de outra residência.
Ryann Hícaro Filipino Germano da Silva, de 18 anos, foi preso suspeito de espancar até a morte técnico de enfermagem em Piúma, Sul do Espírito Santo — Foto: Divulgação/Polícia Militar
O jovem então não reagiu a prisão e foi algemado. Os PMs questionaram a participação do suspeito no crime, mas Ryann Hícaro Filipino Germano da Silva ficou em silêncio.
Os militares acrescentaram no boletim que o suspeito tinha um mandado de prisão em aberto. O jovem foi levado até a Delegacia de Itapemirim, na região Sul do estado.
A Secretaria de Justiça (Sejus) confirmou que o jovem tinha passagem pelo sistema prisional de julho de 2024 por tráfico de drogas.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e Militar para pedir mais detalhes sobre a ocorrência e não teve nenhum retorno até a última atualização desta reportagem.
O crime
Jonathan Rosa de Oliveira estava na praia Central de Piúma com outros dois homens quando foi agredido com chutes e socos na cabeça por um grupo que chegou no local.
Os outros dois homens também foram atacados, mas correram e pediram ajuda.
Eles foram hospitalizados em uma unidade do município, em seguida, orientados a procurar a delegacia de Polícia Civil de Piúma para esclarecer os fatos. O g1 não conseguiu informações sobre o estado de saúde deles.
Segundo o registro da PM, o corpo foi encontrado próximo a um quiosque e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) chegou a ser acionado, mas confirmou a morte ainda no local.
Os policiais informaram que o técnico de enfermagem estava com outras cinco pessoas, bebendo no quiosque desde a tarde de quarta-feira (5). Durante a madrugada, um grupo se aproximou e, segundo um das vítimas, os agrediu sem motivo aparente.
O tenente Márcio Lopes da Polícia Militar, destacou que três pessoas eram consideradas suspeitas de envolvimento no crime e que o principal motivo seria disputa por territórios pelo tráfico de drogas
"Ali é um local, pelo horário, um local ermo, escuro, e não contavam com testemunhas, as testemunhas eram os envolvidos. A gente precisa localizar essas pessoas, tomar os devidos depoimentos e tentar chegar na conclusão do fato. Pelas informações que nós levantamos, a hipótese da morte ser consequência de uma disputa de indivíduos com o tráfico", comentou o tenente.
O corpo de Jonathan foi encaminhado à Seção Regional de Medicina Legal (SML), da Polícia Científica, em Cachoeiro de Itapemirim, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.
A Polícia Civil disse que o caso segue sob investigação da Delegacia de Piúma.
Fonte: G1 ES
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