'Adultos reborn': bonecas hiper-realistas 'maiores de idade' que custam até R$ 54,7 mil


Tendência tem impulsionado lojas temáticas que comercializam os objetos de forma customizada

Além dos bebês, mercado de bonecas hiper-realistas tem 'adultos reborn' que custam até R$ 54,7 mil — Foto: Reprodução/RealDoll

Não é apenas de recém-nascidos que vive o mercado de bonecas hiper-realistas. Além dos bebês reborn, que se tornaram virais e alvo de polêmicas nas últimas semanas, há também os "adultos reborn". Tratam-se de bonecas infláveis de tamanho real, adquiridas como brinquedos sexuais e que chegam a custar US$ 9,6 mil (equivalente a R$ 54,7 mil na cotação atual).

Uma das principais empresas do segmento é a RealDoll. "Cada um dos nossos produtos é feito à mão sob encomenda, uma obra de arte única e personalizada. Portanto, a cor e os detalhes variam para cada peça", explica a fabricante.

No site da empresa é possível encontrar uma variedade de biotipos. O cliente também pode fazer uma série de escolhas, como o formato do rosto, as medidas do corpo, a cor dos olhos, o estilo da maquiagem, os cabelos e as partes íntimas, além de acessórios como piercings e tatuagens.


'Bebês' virais

A tendência dos bebês reborn tem impulsionado lojas temáticas que simulam maternidades, com direito a encenação de partos, incubadoras e “cegonhas” uniformizadas, num fenômeno que atrai tanto crianças quanto adultos colecionadores, dispostos a pagarem até R$ 12 mil por um exemplar.

Após a aprovação, no começo de maio, de uma proposta que previa a inclusão do Dia da Cegonha Reborn no calendário oficial do município do Rio de Janeiro, outros dois projetos de lei foram protocolados por deputados estaduais do Rio e de Minas Gerais.

As propostas, que foram enviadas para o Legislativo fluminense e mineiro na última terça-feira, envolvem, respectivamente, a assistência de saúde mental para quem se considerar "pai ou mãe" de bebês reborn e a proibição do acesso dos bonecos ao sistema público de saúde. Os dois textos ainda entrarão em pauta.


Projetos de lei

Após a criação de um projeto de lei que preve multa para quem usar bebê reborn para furar filas, pelo menos outras três propostas sobre os bonecos realistas foram apresentadas à Câmara dos Deputados. As medidas, assinadas por parlamentares do União Brasil (União) e do Partido Liberal (PL).

Um dos projetos, de autoria da deputada federal Rosangela Moro (União/SP), estabelece diretrizes para o fornecimento de assistência psicológica através do Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas que desenvolvam vínculos afetivos intensos com bebês reborn e outros bonecos.

Assinado pelo deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), um projeto de lei apresentado na semana passada à Câmara prevê multa de até 20 salários mínimos para quem fizer "utilização dolosa" dos bonecos.

"Trata-se de conduta que, além de afrontar a boa-fé objetiva que deve reger as relações sociais e de consumo, sobrecarrega serviços públicos, notadamente unidades de saúde, retardando o atendimento de crianças que efetivamente demandam cuidado urgente", escreveu o deputado na justificativa do projeto.


Fonte: O Globo



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