Homem de 33 anos foi autuado em flagrante por vias de fatos e injúria cometida contra adolescente e mulher, de 35, pelos mesmos crimes, e ainda ameaça na forma da Lei Maria da Penha

Uma confusão envolvendo uma aluna e a mãe e o padrasto dela terminou com a prisão do casal em uma escola estadual na Prainha, em Vila Velha. A Polícia Militar disse que foi acionada após denúncias de que a mulher de 35 anos e o companheiro dela, de 33, teriam agredido a adolescente de 16 anos dentro da instituição de ensino, na presença de funcionários e de outros estudantes. Os dois foram autuados em flagrante e encaminhados a um presídio. Os nomes dos envolvidos não estão sendo divulgados para não expor a vítima, que é menor de idade, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
O caso foi registrado na noite da última quarta-feira (14). A PM informou que os policiais foram recebidos pelo diretor e pela coordenadora da escola, que relataram terem presenciado empurrões, puxões de cabelo e ameaças durante a briga familiar. Segundo os funcionários, a adolescente contou que foi agredida e ameaçada pela mãe e pelo padrasto, versão confirmada aos militares pela equipe da escola.
Segundo a Polícia Militar, a mãe da adolescente contou aos policiais que apenas tentava educar a filha, mas, segundo relatos aos agentes, a mulher disse em voz alta, na presença dos militares, que bateria na menina. Já o padrasto alegou aos militares que apenas tentou apartar a briga entre mãe e filha, mas funcionários da escola afirmaram aos policiais que ele também se mostrou bastante agressivo com a estudante.
Diante do ocorrido, a mãe e o padrasto da adolescente foram encaminhados para a 2ª Delegacia Regional de Vila Velha. A Polícia Civil disse que a mulher de 35 anos foi autuada em flagrante por vias de fatos, injúria cometida contra adolescente e ameaça na forma da Lei Maria da Penha, e o homem de 33 por vias de fatos e injúria cometida contra adolescente. Ambos foram encaminhados ao sistema prisional.
Procurada por A Gazeta, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) informou que a estudante será acompanhada pela equipe pedagógica da escola e pelo programa de Ação Psicossocial e Orientação Interativa Escolar (Apoie), que conta com profissionais multidisciplinares para oferecer suporte emocional e orientação.
A polícia informou que o Conselho Tutelar também foi acionado e está acompanhando o caso. A reportagem procurou o órgão, solicitando informações sobre o encaminhamento dado à menina, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.
Fonte: A Gazeta