O médico endocrinologista Arnaldo Caetano Moraes, de 46 anos, foi encontrado morto na tarde de quarta-feira (30), na área onde estava sendo construída uma piscina em sua residência, localizada no bairro Riviera, em Colatina. De acordo com as informações apuradas, o profissional faleceu após cair de uma altura de apenas 80 centímetros e sofrer uma fratura cervical.
Imagens obtidas pela reportagem, que não serão divulgadas por respeito à família, revelam a gravidade da lesão. Especialistas explicam que quedas de baixa altura, como de cadeiras, escadas ou degraus, são mais perigosas do que se imagina. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), quedas são uma das principais causas de morte acidental entre adultos e idosos no Brasil — e muitas ocorrem a partir de alturas inferiores a um metro.
O corpo de Arnaldo foi descoberto após uma irmã, que mora em Vitória, estranhar a ausência de contato com ele por vários dias. Ela solicitou que a funcionária responsável pela limpeza da casa fosse até o local verificar a situação. Ao entrar no imóvel, a mulher encontrou o corpo do médico dentro de um buraco da obra da piscina. Arnaldo morava sozinho.
A Polícia Civil informou que o caso foi registrado como “encontro de cadáver”. O procedimento foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina, que aguarda o laudo da perícia técnica para confirmação oficial da causa da morte.
QUEDAS DE BAIXA ALTURA
Muita gente acredita que apenas quedas de grandes alturas representam perigo real à saúde. No entanto, estudos e especialistas em segurança doméstica alertam que quedas de pequenas alturas — como de degraus, cadeiras, escadas baixas ou até mesmo do próprio nível — podem causar lesões graves, especialmente entre idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), mais de 30% das pessoas com mais de 65 anos sofrem ao menos uma queda por ano, e boa parte dessas ocorrências acontece dentro de casa. Ainda que pareçam inofensivas, essas quedas podem resultar em fraturas de quadril, punho, tornozelo, além de traumatismos cranianos e lesões na coluna cervical.
“É comum subestimarmos o risco de uma simples escorregada no banheiro ou uma tropeçada em tapetes soltos. Mas o impacto, mesmo de uma altura pequena, pode comprometer articulações, ossos e órgãos vitais”, explica o fisioterapeuta e especialista em prevenção de acidentes domésticos Marcos Teixeira.
Para reduzir os riscos, é fundamental adotar medidas preventivas, como instalar barras de apoio em banheiros, utilizar tapetes antiderrapantes, evitar o uso de cadeiras ou bancos instáveis e manter os ambientes bem iluminados e organizados. No caso de pessoas idosas, o acompanhamento médico e a prática regular de exercícios para fortalecimento muscular e equilíbrio também são recomendados.
A prevenção é a melhor forma de evitar acidentes e garantir mais segurança dentro de casa, em escritórios e em outros ambientes aparentemente seguros, mas que podem se tornar perigosos diante de uma simples distração.
Fonte: ES Fala