Ortopedista foi alvo de um mandado de prisão temporária junto com a mãe dele na última terça-feira (6). Laudo toxicológico apontou chumbinho no organismo da vítima.
O médico Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, preso temporariamente na última terça-feira (6) por suspeita de matar a esposa envenenada em Ribeirão Preto (SP), é conhecido na cidade e na região pela atuação na medicina esportiva e na ortopedia em clínicas privadas.
Ele é filho do ex-prefeito de Pontal (SP) Antonio Luiz Garnica e formou-se em 2011 pela Universidade de Ribeirão Preto. O registro ativo e regular no Conselho Federal de Medicina (CFM) consta especializações em ortopedia e traumatologia.
Em suas redes sociais, apresenta-se como médico voltado à saúde preventiva, com foco em emagrecimento, hipertrofia, reposição hormonal, doenças crônicas e envelhecimento saudável.
Descreve seu trabalho como voltado a “pessoas que querem uma melhor qualidade de vida”, com atendimento particular. A rotina profissional intensa contrasta com a imagem familiar discreta que projeta em seus perfis.
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O médico Luiz Antonio Garnica foi preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa em Ribeirão Preto, SP — Foto: Arquivo pessoal
Garnica e a esposa, a professora de pilates Larissa Rodrigues, de 37 anos, estavam juntos há cerca de 18 anos. Apesar da longa convivência, ele mantinha uma postura reservada em relação ao relacionamento, raramente expondo a companheira nas redes sociais.
Após a morte dela, no entanto, passou a publicar homenagens e declarações públicas de amor.
“Te amo, aonde quer que você esteja, saiba que você me fez o homem mais querido, mais feliz e mais amado do mundo e quero ser para você sempre o seu melhor amigo, namorado, marido, companheiro, o amor da sua vida toda, assim como você é da minha", escreveu em uma das publicações.
A mudança repentina na exposição do relacionamento gerou estranheza entre pessoas próximas ao casal, especialmente diante do avanço das investigações.
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Luiz Antonio Garnica foi preso por suspeita no envolvimento da morte da esposa, Larissa Rodrigues, em Ribeirão Preto, SP — Foto: Arquivo pessoal
Relacionamento extraconjugal
De acordo com uma prima da professora, Garnica mantinha um relacionamento extraconjugal, que tinha sido descoberto por Larissa pouco antes de sua morte.
Segundo a Polícia Civil, a mulher com quem Garnica estava se relacionando não foi presa, mas é alvo da investigação. Os celulares dela, do médico e da mãe dele, que também foi presa por suspeita de envolvimento no crime, foram apreendidos em cumprimento a mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.
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Larissa Rodrigues, o médico Luiz Antonio Garnica e a cachorra do casal, Pandora — Foto: Reprodução/ Redes sociais
À Polícia Civil, em depoimento, a amante confirmou o relacionamento com o médico e disse que estava junto com Garnica na noite anterior à morte de Larissa.
Segundo a empresária Maísa Ramos, amiga de Larissa, há pelo menos um ano e meio, Garnica não saía nem viajava mais com a esposa, mas fazia questão de saber onde ela estava por meio de rastreamento no telefone celular e no carro da vítima.
“Ele era ciumento, ciumento a ponto de colocar rastreador no carro dela. O ano passado ela descobriu que tinha um rastreador no carro dela, sendo que era uma menina que saía de casa para o trabalho, do trabalho para casa, e para academia", afirmou.
Os maiores sinais de que o relacionamento estava em crise foram percebidos por Maísa há cerca de um ano e meio, quando Garnica começou a fazer um curso de pós-graduação em São Paulo e, segundo o que ouvia da professora, ele passou a ter um comportamento mais distante.
Fonte:G1