Rafael da Silva Maroto, segundo a polícia, encomendou morte de Jaqueline Souza Bonifácio, por não aceitar o fim do relacionamento. O crime ocorreu em 28 de fevereiro

De um lado o local do crime, e do outro a vítima, Jaqueline Souza Bonifácio, de 37 anos Crédito: Leitor / Acervo pessoal
A Polícia Civil informou nessa quarta-feira (28) que Rafael da Silva Maroto foi preso na última sexta-feira (23), na cidade de Barra do Garças, no Mato Grosso. Ele é suspeito de ser o mandante do assassinato da ex-companheira, Jaqueline Souza Bonifácio, de 37 anos, em Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo. O crime aconteceu no dia 28 de fevereiro.
A vítima, que trabalhava em um hospital do município, pilotava uma moto pela rodovia ES 320, que liga o distrito de Vila Paulista ao Centro da cidade, quando foi atingida por disparos de arma de fogo.
Após ser baleada, ela perdeu o controle da motocicleta e caiu às margens da rodovia. Inicialmente o caso foi tratado pela polícia como morte decorrente de um acidente de trânsito, mas a perícia da Polícia Científica identificou marcas de tiros no corpo da vítima. Um suspeito de ter ajudado no crime, já havia sido preso no dia 8 de maio. O nome dele não foi divulgado.
Segundo o delegado Leonardo Forattini, chefe da Delegacia Regional de Barra de São Francisco, Rafael da Silva Maroto, investigado por feminicídio, estava foragido e foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante uma fiscalização em um ônibus na rodovia BR 070.
De acordo com Forattini, a prisão “foi resultado de um trabalho de inteligência e cooperação entre as forças de segurança”. Após a detenção, Maroto foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil de Barra do Garças (MT) e, em seguida, ao sistema prisional.
A Polícia Civil informou que aguarda o recambiamento de Rafael para o Espírito Santo, medida que dependerá de decisão judicial. Ele permanecerá à disposição da Justiça para responder pelo crime que lhe é atribuído.
'Mais gente pode estar envolvida'
O delegado Leonardo Forattini disse ainda à reportagem que não descarta a participação de outras pessoas no crime e que as investigações seguem em andamento.
Motivação
Ainda segundo a PCES, Rafael da Silva Maroto não aceitava o fim do relacionamento com Jaqueline e por isso teria decidido matá-la.