Investigadores apontam que ex-mulher da vítima teria contratado grupo para a execução do crime
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/I/u/ibJBEkSs2BgPP2hAHYEA/captura-de-tela-2025-05-03-as-09.49.11.png)
Policiais militares prenderam, na manhã deste domingo, um homem de 54 anos apontado como um dos envolvidos na morte da professora Fernanda Bonin no final de abril, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O suspeito, identificado como Rosemberg Joaquim de Santana, foi localizado na zona sul da capital, após uma denúncia apontar que ele estava no bairro da Pedreira. O homem foi conduzido para a sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Esse é o terceiro suspeito preso pela morte da professora. Além dele, estão detidos a ex-esposa dela, a veterinária Fernanda Fazio, e João Paulo Bourwuin, suspeito que apareceu dirigindo o carro da vítima no dia do crime. O caso, antes registrado como latrocínio, passou a ser investigado como latrocínio após a suspeita levantada pelas autoridades de que o crime teria sido encomendado pela ex-companheira de Bonin, que estaria inconformada com o término do relacionamento.
Ela teria contratado Rosemberg para organizar o rapto e a morte da ex-mulher. O homem, segundo a polícia, era uma espécie de faz-tudo de Fazio. Ele teria, por sua vez, contratado outras três pessoas para ajudarem no assassinato: João Paulo Bourquin, Ivo Rezende dos Santos e uma mulher, que não teve a identidade divulgada. O grupo tem passagens por crimes como homicídio, roubo, furto e tráfico de drogas, de acordo com a polícia.
João Paulo foi preso na última quarta-feira, identificado em imagens de câmeras de segurança ao abandonar o veículo da professora, um Hyundai Tucson, em uma rua de Interlagos, na zona sul da capital paulista. Os demais permanecem foragidos.
Apontada como mandante estava no local do sequestro
Na noite de 27 de abril, um domingo, a vítima saiu de casa após receber uma ligação da ex-mulher. A veterinária disse por telefone que teve um problema mecânico no carro e pediu que a professora a socorresse na Avenida Jaguaré, na Zona Oeste, onde estava com o veículo quebrado.
Os policiais afirmaram que a Bonin foi raptada justamente na Avenida Jaguaré e disseram que Fazio teria presenciado o rapto. A vítima foi encontrada morta nas proximidades do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da cidade. O único ferimento encontrado no corpo de Fernanda foi ao redor do pescoço, onde ela foi enforcada.
Em depoimento para a polícia, a veterinária disse que meia hora depois da falha, o veículo dela voltou a funcionar e ela então deixou o local. A perícia, no entanto, concluiu que o veículo de Fazio nunca teve falha mecânica.
Ainda de acordo com os investigadores, a professora estava em um relacionamento com um homem e havia recebido um convite para trabalhar na Alemanha. A ex-mulher já pretendia assassiná-la e decidiu antecipar o plano antes que ela se mudasse, segundo as autoridades policiais.
Fonte: O Globo