Em uma expedição pelo Azerbaijão, o Globo Repórter mostrou um fenômeno que desafia o tempo: a montanha de Yanar Dagh, onde o fogo brota do chão e nunca se apaga.
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Montanha está em chamas há mais de 4 mil anos no Azerbaijão — Foto: Reprodução/TV Globo
Em uma expedição pelo Azerbaijão, o Globo Repórter mostrou um fenômeno que desafia o tempo: a montanha de Yanar Dagh, onde o fogo brota do chão e nunca se apaga. Localizada na região de Cáucaso, onde os antigos gregos acreditavam ser o fim do mundo, essa montanha está em chamas de forma ininterrupta há mais de 4 mil anos — indiferente à chuva, ao vento ou à neve. Veja no vídeo abaixo.
A explicação científica está no subsolo: uma imensa reserva de gás natural, localizada a mais de 8 km de profundidade, alimenta as labaredas. Mas, para os povos antigos, o fenômeno era divino. Viajantes de milênios atrás viam nas labaredas um milagre — a presença de Deus. Saiba mais abaixo.
Templos e tradições
A reverência ao fogo impulsionou o surgimento e a expansão do zoroastrismo. A religião vê o fogo como símbolo da conexão entre o humano e o divino.
A força dessa crença levou à construção de templos como o Ateshgah. Essa religião ainda sobrevive no Irã e, em algumas partes, da Índia. Hoje, são justamente os indianos os que mais visitam Yanar Dagh. Entre eles, Parikh, que viajou com a família para ver de perto o Yanar Dagh.
“É o fogo da fé. Eu me sinto aquecido aqui e isso me deixa feliz”, contou.
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Montanhas em chamas há milênios atrai turistas e religiosos — Foto: Reprodução/TV Globo
Emoção além da fé
A montanha também emociona quem não segue o zoroastrismo. A portuguesa Rita Martins, cristã, se disse tocada pela experiência:
“É algo que nos faz pensar. Tenho esse sentimento também quando vou a montanhas bem altas. Aqui não é uma questão de tamanho, mas do poder que está debaixo desse chão que a gente pisa.”
Fonte: G1