VÍDEO: Cavalo de Troia: como foi o mega-ataque de drones camuflados da Ucrânia contra a Rússia


Em ataque que lembra filme de Hollywood, Ucrânia escondeu drones em contêineres e os levou de caminhão para perto das bases aéreas, atingindo parte da artilharia aérea russa de longo alcance.

Em um dos mais ousados ataques contra a Rússia desde o início da guerra, a Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria neste domingo (1º) — em uma operação estilo "cavalo de Troia" com drones camuflados em compartimentos escondidos em contêineres, transportados por caminhões que pareciam estar levando carga inofensiva.

A Rússia considerou os ataques da Ucrânia, chamados de Operação Teia de Aranha, como um ato terrorista.

O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e pelo método de ação inédito na guerra entre Ucrânia e Rússia.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk.

Apesar dos ataques, a Ucrânia confirmou que vai a Istambul negociar um cessar-fogo com a Rússia.


Onde ocorreu a operação?

Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos.

A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste.


Como foram feitos os ataques?

Foto mostra trecho de vídeo divulgado pelo serviço secreto da Ucrânia com aeronaves russas atingidas por drones na base aérea de Belaya, na Sibéria, em 1 de junho de 2025. — Foto: Serviço Secreto da Ucrânia/AFP

A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres.

Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres.

Antes do ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases aéreas.

Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque.


Quais aeronaves foram atingidas?

Até o momento, as informações das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M.

Moscou já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance, para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados.

Diferentemente de mísseis, que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser repostos tão cedo pela Rússia.

Segundo o jornal "Financial Times", citando a inteligência ucraniana, os ataques causaram mais de US$ 7 bilhões em danos e que 34% da frota de aeronaves estratégicas de transportes de mísseis foi atingida.


Quanto tempo levou o planejamento da missão?
A operação Teia de Aranha levou um ano e meio entre planejamento e ação e foi supervisionada pelo presidente Volodymyr Zelensky e por Vasyl Maliuk, chefe da agência de inteligência doméstica (SBU).

O governo ucraniano informou que os Estados Unidos não foram avisados previamente da operação Teia de Aranha.



Fonte: G1



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