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Barbarhat Sueyassu se identifica como uma pessoa parda. "Eu não posso excluir isso por conta do vitiligo, eu não posso apagar minha ancestralidade por conta de uma condição autoimune que não altera nada no genótipo", afirmou.
A influencer Barbarhat Sueyassu, de 29 anos, ganhou as redes sociais contando sobre como sua vida foi impactada após ser diagnosticada com vitiligo universal ainda criança e como ao longo dos anos lidou bem com a patologia.
🕺🏾Essa doença pode causar perda de pigmentação e melanina em quase toda área corpo, resultando em um tom de pele completamente branco. A condição ganhou os holofotes quando o cantor Michael Jackson teve seu tom de pele alterado – à época, muitas fake news foram inventadas sobre o artista.
E apesar de lidar bem com a doença, a influencer teve dificuldade de se identificar racialmente quando jovem.
Ela contou que em nenhum momento se enxergou como uma pessoa branca. Porém, como não sabia como o vitiligo se encaixava em sua identificação, e ao ser questionada sobre sua identificação, respondia: outra.
"A minha mudança de identidade racial foi uma questão confusa para mim, eu tenho vitiligo universal e eu nasci de uma família por parte de mãe parda e por parte de pai tem uma miscigenação oriental, com pessoas brancas, então tem mestiços", disse a influencer.
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A influenciadora digital Barbarhat Sueyassu — Foto: Reprodução / Instagram
Barbarhat nasceu em Apucarana, no Paraná, e foi morar em São Paulo, há cerca de três anos. Mesma época em que começou a se identificar como parda, apesar de, no começo de 2022, achar que era uma fraude para a categoria.
👩🏽 Vale destacar que ela não é a única pessoa que teve dificuldade, a categoria mudou diversas vezes de significado nos últimos 80 anos e isso dificultou a identificação racial no Brasil.
Com o tempo, Barbarhat estudou sobre as classificações raciais e se assumiu de vez como uma pessoa parda."Eu não posso excluir isso por conta do vitiligo, eu não posso apagar minha ancestralidade por conta de uma condição autoimune que não altera nada no genótipo", afirmou.
"A pessoa que nasceu preta continua sendo preta mesmo com o vitiligo universal [...] a gente não passa a ser de outra cor. O vitiligo despigmenta a pele, mas não muda a identidade racial", afirmou ela.
A influencer declarou ainda que sempre encarou de uma forma muito tranquila a condição e nunca entendeu como um problema. "Eu sabia que era um problema social, as pessoas me abordavam e até me receitavam remédio", contou. Até o momento, não existe cura para o vitiligo universal, mas há tratamentos que visam cessar a evolução das manchas.
Ela chegou a fazer alguns tratamentos para a melanina voltar, mas nenhum obteve êxito. Ela conta que, aos 15 anos, deixou a questão de lado. Hoje, ela faz parte do movimento 'skin positivity', que valoriza marcas, manchas e cicatrizes da pele.
Barbarhat Sueyassu tem 186 mil seguidores no Instagram e 170 mil seguidores no Tiktok. A influencer também organiza o evento chamado "Pele Plural", onde pessoas com vitiligo e outras condições de pele se encontram em São Paulo em busca de um ambiente de orgulho e liberdade – a 3º edição acontece neste ano, e o encontro será em 22 de junho.
Fonte: G1