Uso abusivo de telas acaba por contribuir com a prática de bullyng e ciberbullyng entre jovens; escola rural de Jaguaré promoveu palestra com o psicólogo Gerson Abarca para falar sobre a influência da internet na juventude
A ação foi motivada pela necessidade de tratar de questões de bullying e ciberbullying que ocorrem atualmente nas escolas. Foi observado que os casos têm motivação no uso abusivo de telas (aparelhos celulares, tablets, computadores e TV’s). A equipe escolar e o Conselho de Escola decidiram realizar palestra com psicólogo para sensibilizar as famílias para a necessidade de monitorar o uso das telas pelos estudantes.
Auxílio à formação
A secretária municipal de Educação, Maria Aparecida Costalonga, destaca a importância de ações junto às famílias dos estudantes. “A Secretaria Municipal de Educação tem acompanhado os trabalhos formativos com as famílias e equipes pedagógicas. Palestras e diálogos constantes são ações coletivas que auxiliam na formação dos nossos estudantes”, ressaltou a secretária.
A palestra teve como objetivo destacar a influência da internet, através das telas, no comportamento dos jovens. A diretora da Ecorm Japira, Eliene Pretti, lembrou a necessidade da família ter o controle sobre os conteúdos que os filhos acessam nas redes sociais. “É preciso que os pais controlem a quantidade de tempo na faixa etária que os nossos estudantes estão – dos 11 aos 15 anos, segundo o psicólogo”, afirmou Eliene.
Limitar o tempo de internet
Gerson Abarca afirmou para as famílias refletirem sobre a responsabilidade de gerenciar o tempo que os jovens passam em frente às telas. “Se a família não limitar o tempo de internet, os jovens podem ter acesso informações erradas sobre conteúdos diversos”, destacou a diretora lembrando também a orientação de Abarca para que as escolas não enviem atividades para serem feitas com o uso de internet em casa pelo celular. “Sim, é importante a escola usar a tecnologia, mas na escola para poder ensinar, monitorar. Estudantes quando sozinhos diante de uma tela para fazer pesquisa, muitas vezes eles se distraem e acabam entrando em redes sociais ao invés de fazer a pesquisa, concluiu Eliene.
Conscientização
A palestra foi considerada muito proveitosa pelos pais que participaram e tiveram a oportunidade de perguntar, de tirar dúvidas a respeito do uso de telas. É o caso da mãe de um estudante da Ecorm Japira, Eliane. “O que mais me chamou atenção nessa palestra é a conscientização de que o que está destruindo as crianças e adolescentes é o uso excessivo de telas. Mas, é importante saber que ainda podemos ajudar nossos filhos, até por terapia, ou mesmo através de medicamentos”.
Muitos diagnósticos de estudantes com déficit de atenção, ou outros transtornos que envolvem a concentração, na verdade são, às vezes uso excessivo de telas. A dica direta e simples que o psicólogo apresentou é monitorar o tempo de uso. Definir o horário de entrada e saída da internet, de preferência, no máximo duas horas diárias, podendo dividir este tempo entre manhã e à noite.