Apesar de proibição no Brasil, uso de “vape” volta ao foco após morte em Santo Antônio da Platina — padrasto da vítima também faleceu pouco antes
Um adolescente de 16 anos de Santo Antônio da Platina (PR) morreu na segunda-feira (24) após apresentar complicações graves de saúde atribuídas ao uso de cigarro eletrônico. O atestado de óbito aponta sepse pulmonar e insuficiência respiratória aguda por “tabagismo com uso de cigarro eletrônico” como causa da morte.
De acordo com a família, o rapaz foi internado no sábado (22), após relatar vômitos e dor de garganta. Os exames apontaram falência dos rins e infecção pulmonar, o que levou à transferência para a UTI. Foi então que os médicos informaram à mãe que o uso de “vape” poderia estar ligado ao agravamento do quadro.
Tragicamente, o padrasto do jovem, de 55 anos, faleceu de infarto fulminante no domingo (23), ao chegar para visitar o enteado. Apenas um dia depois, o adolescente também não resistiu. O caso causou grande comoção na comunidade local.
O episódio reacende o alerta sobre os perigos dos cigarros eletrônicos, dispositivos cuja comercialização é proibida no Brasil desde 2009. Especialistas afirmam que o uso de “vapes” pode levar a doenças respiratórias graves, quadro conhecido como EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos) — condição que já causou diversos óbitos no exterior.
A família pretende transformar a tragédia em um alerta, buscando conscientizar jovens e pais sobre os riscos desse tipo de dispositivo e as consequências potencialmente fatais.



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