Casal preso em Colatina por golpes do 'falso encontro' movimentou mais R$ 600 mil e ostentava vida de luxo


Grupo teria feito pelo menos 15 vítimas em vários municípios do ES e movimentado cerca de R$ 600 mil em seis meses


Um casal foi preso em Colatina, na manhã desta sexta-feira (12), suspeito de integrar um esquema de golpes e extorsões praticados por meio de falsos encontros marcados pela internet. Segundo as investigações, o grupo teria feito ao menos 15 vítimas e movimentado cerca de R$ 600 mil em apenas seis meses.

As prisões ocorreram em Colatina, mas a investigação teve início em Vila Valério, após uma vítima denunciar prejuízo de aproximadamente R$ 30 mil. O delegado Erick Lopes Esteves, responsável pelo caso, explicou que os relatos se repetiam em diferentes cidades.

“Até o número que eu parei de contar foram 16 vítimas, por conta das pessoas que não denunciam com medo de se expor. Quando comecei a analisar a denúncia de Vila Valério, percebi que o mesmo relato se repetia em outros municípios”, afirmou o delegado.

Suspeita, identificada como Camila Francis da Silva, antes e depois dos golpes Crédito: Divulgação e Redes Sociais

De acordo com a apuração, Camila Francis da Silva, apontada como líder do grupo, criava perfis falsos em sites e aplicativos de relacionamento. Após atrair as vítimas, ela iniciava um processo de ameaças e chantagens, exigindo pagamentos em dinheiro.

As ameaças incluíam a divulgação de conversas para familiares, promessas de “acabar com a vida” dos alvos e, em alguns casos, o envio de vídeos de pessoas sendo mortas, utilizados como forma de intimidação. O marido, Washington Henrique dos Passos, e a amiga Wilza de Lima Alves auxiliavam na execução dos golpes.


Operação Luxúria

A ação policial, batizada de Operação Luxúria, cumpriu três mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de bens e valores dos investigados. Até o início da manhã, Wilza de Lima Alves permanecia foragida.

Durante as buscas, foram apreendidos dinheiro em espécie, relógios, óculos e perfumes importados, além de um veículo avaliado em cerca de R$ 120 mil.

Líder do grupo, que se apresenta nas redes sociais como Camila Francis, ostentava vida de luxo por Redes Sociais

O alto padrão de vida dos investigados chamou a atenção das autoridades. Mesmo sem emprego formal, a principal suspeita ostentava nas redes sociais viagens para destinos como Dubai, Maragogi e Jericoacoara, além de ter custeado cirurgias plásticas para a filha. Segundo os investigadores, os gastos eram bancados com recursos obtidos nas extorsões.

As apurações indicam ainda que o grupo abriu contas bancárias em nome de terceiros e contratou empréstimos para movimentar o dinheiro. A comparsa foragida recebia valores diretamente em sua conta e mantinha um padrão de vida incompatível com a renda declarada.

Ainda conforme a investigação, a mulher que segue foragida é beneficiária do programa Bolsa Família, o que ampliou o alcance das apurações sobre o uso irregular de recursos e movimentações financeiras.


As investigações continuam, e a polícia já identificou vítimas em mais de 10 municípios do Espírito Santo. O espaço permanece aberto para manifestação da defesa dos citados.



Fonte: ES Fala





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