Nesta terça-feira (1º), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o médico Luiz Antônio Garnica e a mãe dele, Elizabete Arrabaça, por homicídio triplamente qualificado
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/v/t/ZQc4BoTiWd1s8RyD2r6Q/arte-38-.png)
A professora de pilates Larissa Rodrigues foi envenenada aos poucos, sem saber que estava sendo vítima de um plano articulado pelo próprio marido, o médico Luiz Antônio Garnica, com ajuda da sogra, Elizabete Arrabaça — Foto: Reprodução
Durante cerca de duas semanas, a professora de pilates Larissa Rodrigues foi envenenada aos poucos, sem saber que estava sendo vítima de um plano articulado pelo próprio marido, o médico Luiz Antônio Garnica, com ajuda da sogra, Elizabete Arrabaça. O ciclo de envenenamento terminou em tragédia em 21 de março, em Ribeirão Preto (SP), pouco tempo depois de a vítima manifestar o desejo de encerrar o casamento após descobrir uma traição. Nesta terça-feira (1º), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou mãe e filho por homicídio triplamente qualificado.
Segundo as investigações, o médico arquitetou o crime, enquanto sua mãe ficou incumbida de executá-lo oferecendo à vítima alimentos contaminados com a substância tóxica conhecida como chumbinho. Ainda de acordo com o apurado, mãe e filho agiram motivados por questões patrimoniais após a vítima descobrir que o marido tinha uma amante e expressar a vontade de se divorciar.
O promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino ressaltou que os denunciados demonstraram extrema frieza, utilizando meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e dissimulação. Garnica ainda é acusado de tentar alterar a cena do crime e eliminar provas digitais e físicas, incluindo limpeza do local e exclusão de arquivos eletrônicos. Após o assassinato, ele demonstrou pressa para acessar o dinheiro da esposa, chegando a realizar transações e pagamentos com o cartão e aplicativo dela.
Mãe e filho, que estão presos desde 6 de maio, foram denunciados por feminicídio com três qualificadoras: uso de veneno, motivo torpe e cruel mediante simulação e uso de recursos que dificultaram a defesa de Larissa. O médico ainda pode responder por fraude processual.
Diante da gravidade dos fatos e do risco concreto de fuga, especialmente pela boa condição financeira da família dos acusados, o Ministério Público requereu a conversão das prisões temporárias em preventivas, além de pedir a quebra dos sigilos bancários dos envolvidos.
Fonte: O Globo