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Dia 12 de agosto é celebrado o Dia Mundial do Elefante — Foto: Pexels |
“Um elefante incomoda muita gente…” Mas hoje, pelo contrário, sem esse negócio de incômodo! No dia 12 de agosto, é celebrado o Dia Mundial dos Elefantes, e aqui é o momento ideal para mergulhar no universo desses animais de trombas enormes e a refletir sobre sua preservação.
Segundo a National Geographic, a data foi pensada em 2011 por Patricia Sims, cineasta canadense, em parceria com a Elephant Reintroduction Foundation, da Tailândia, e oficializada em 12 de agosto de 2012. Desde então, evoluiu para um movimento global, reunindo mais de cem organizações conservacionistas em torno de uma causa que nos toca todos os dias.
7 fatos curiosos que fazem este dia tão grandioso quanto o elefante:
1. Gigantes de corpo e alma
Em reportagem da National Geographic, Daniel Moura, biólogo e diretor do Santuário de Elefantes Brasil (SEB), primeiro projeto da organização sem fins lucrativos Global Sanctuary for Elephants (GSE) na América Latina, explicou que existem três espécies: elefantes asiáticos, africanos da savana e da floresta.
O asiático mede até 6,5 m, 3 m de altura e pesa 2–5 t; o africano da savana pode chegar a 9 m, 4 m de altura e mais de 6 t; já o africano da floresta pesa cerca de 2,7 t e mede até 2,5 m.
2. Matriarcas conduzem a manada
Acredite se quiser: esses animais formam sociedades profundamente sociais. As fêmeas permanecem juntas sob liderança da matriarca, enquanto os machos saem após a puberdade (cerca de 13 anos).
Um bom exemplo é que o Santuário de Elefantes Brasil conta com sete elefantas-asiáticas. Segundo Moura, apesar desse grupo não ser tão grande quanto na natureza, é possível observar uma forma de amizade familiar entre os animais. “Das elefantas que abrigamos, temos três especiais, que são a Maia, a Rana e a Bambi. São ‘três senhoras’ por volta dos 50, 60 anos, que se adoram, mas antes de se encontrarem no santuário nunca tinham vivido juntas”, explicou ao National.
3. A gravidez mais longa do reino animal
Outra coisa interessante é que as femêas amadurecem sexualmente por volta dos 9 anos, mas geralmente só acasalam entre 14 e 15.
Seguno o especialista, a gestação dura impressionantes 22 meses e os filhotes já nascem com até 113 kg, prontos para andar quase imediatamente.
4. QI elevado e empatia “de elefante”
Aquela história de que elefante tem uma grande sensibilidade e um QI acima da média, não é mentira. Com o maior cérebro entre os terrestres, esses animais lembram quem já conheceram mesmo após longos anos.
São inteligentes e sensíveis, capazes de expressar alegria, tristeza e luto, Daniel cita como a elefanta Maia sofreu pelo falecimento de sua companheira Guida, passando por um profundo período de luto,
5. O futuro das presas de marfim está em risco
De acordo com um estudo de 2021 publicado na revista Science, devido à caça intensa por marfim, manadas inteiras perderam presas.
Em Moçambique, por exemplo, 51% das fêmeas sobreviventes não as desenvolveram; na África do Sul, 98% delas estavam sem presas no início dos anos 2000.
6. Câncer? Quase nunca por aqui
Surpreendentemente, menos de 5% dos elefantes morrem de câncer, contra 11–25% em humanos, é o que diz um estudo da University of Utah Healthcare. Isso ocorre porque eles carregam entre 15 a 40 cópias do gene TP53, importante no combate a tumores, muito mais do que os humanos, que têm apenas duas.
Além disso, seus linfócitos são até duas vezes mais propensos a se autodestruírem ao detectarem danos genéticos, prevenindo o câncer com eficácia extraordinária.
7. Populações drasticamente reduzidas
Hoje, segundo a União Internacional pela Conservação da Natureza, estima-se que existam cerca de 400 mil elefantes africanos e apenas 40 mil asiáticos. Ambos enfrentam ameaça grave: os da floresta são criticamente ameaçados; os de savana e os asiáticos, ameaçados.
Além disso, a caça e a perda de habitat reduziram em pelo menos 50% suas populações nos últimos 70 anos.
Assim, no dia 12 de agosto, celebramos não apenas o imenso, mas o compromisso de preservar essa grandiosidade. “Um elefante incomoda muita gente…” e deixa um legado único, diferente de tudo que a natureza pode oferecer.
Fonte: O Globo